O mato alto às margens da ferrovia tem gerado reclamações de motoristas de Apucarana. Eles protestam em relação ao prejuízo à visibilidade decorrente da falta de roçagem nas proximidades das passagens de mesmo nível, quando a linha férrea cruza uma rua ou avenida da cidade. Problema já foi abordado diversas vezes por vereadores nas sessões da Câmara. Empresa responsável afirma que serviço para regularizar a situação vai ocorrer neste mês.
O tapeceiro Alessandro Oliveira trabalha nas proximidades da passagem da rua Hermes da Fonseca, no Jardim Trabalhista. “É um local bastante perigoso. Passo por aqui todos os dias e, quando o mato está alto, não dá para ver nada. Já vi acidentes sendo causados por conta disso e eu mesmo já quase fui atingido por um trem”, diz ele.
O vendedor Fábio Nascimento também reclama. “Tem que tomar muito cuidado ao cruzar a linha férrea e, mesmo assim, pode acontecer um acidente. O mato alto impede as pessoas de ver bem a linha. Se não escutar o trem apitar, pode acontecer uma tragédia”, afirma.
A dona de casa Silmara Fonseca afirma que já viu motoristas em situações de risco quando atravessavam a passagem de mesmo nível. “Já vi o trem quase bater em alguns veículos, principalmente motos. Antigamente, existiam cancelas que impediam a passagem. Hoje não tem mais, então tudo depende do motorista. Se ele não tem visão por causa do mato, fica mais fácil algo ruim acontecer”.
A Rumo Logística, empresa que administra a linha férrea que passa por Apucarana, afirmou em nota que mantém serviços de roçagem às margens da ferrovia de maneira constante, mas que “o excesso de chuvas acelera o crescimento da vegetação nesta época”. Ainda segundo a nota, o serviço está previsto para ser realizado na cidade neste mês.
Apucarana é considerada como um dos marcos referenciais das ferrovias no norte do Paraná. Uma das três rotas que cortam o município vem do oeste do estado, com trilhos que partem de Cianorte e passam por Sarandi. Outra liga o Paraná a São Paulo, cruzando a fronteira dos dois estados no município paulista de Ourinhos, passando por Londrina e Rolândia.
A terceira rota representa o principal trajeto para o corredor de exportação do estado. Ela liga a região norte do estado ao porto de Paranaguá, passando por cidades como Ponta Grossa e Curitiba.
Com o crescimento da cidade, foram sendo criados novos pontos de encontro entre ferrovia e zona urbana. Hoje, o município tem quase 20 passagens de mesmo nível, pontos considerados perigosos, exigindo atenção de motoristas e pedestres.
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