A 17ª Subdivisão Policial de Apucarana recebeu na segunda-feira (29) uma denúncia de omissão de socorro por parte de uma apucaranense ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Rode Janaína Nunes, de 29 anos, teve um pedido de atendimento negado por um médico plantonista do Samu para atender seu pai, José Nunes, de 77 anos, que se recupera de uma cirurgia.
A filha de Jose Nunes, explica a situação de seu pai para justificar a denúncia contra o Samu. Por conta da situação de Nunes, no domingo (28) a filha solicitou a ambulância municipal que encaminhou o idoso até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No local, Nunes foi medicado e por volta da meia-noite recebeu alta.
Já em casa, Janaína comenta que o pai voltou a sentir dores após efeito dos medicamentos. Ela tentou solicitar um novo atendimento do serviço municipal mas como ambulância estava transportando pacientes para quimioterapia, ela foi orientada a acionar o Samu.
Janaína foi comunicada pela atendente do Samu que não havia ambulâncias disponíveis. Ao questionar a funcionária, a mesma disse que iria passar a situação ao médico responsável mas adiantou que a resposta dele seria mesma. “Foi quando resolvi gravar a ligação, porque não é possível que não haja ambulâncias para atender uma cidade do porte de Apucarana, e ainda mais na madrugada”, explica a filha de seu Nunes.
Na gravação, Janaína pede uma ambulância para levar seu pai novamente até à UPA. O médico então pergunta se ela não tem como levá-lo por conta própria e ela diz que não. A mulher esclarece que o pai está se recuperando de uma cirurgia e que sozinha não consegue carregá-lo para colocar no carro. Neste momento, o médico responde que o Samu “não serve para fazer serviço de transporte”.
Indignada, ela comenta ser uma sacanagem tal situação e pergunta caso fosse com o pai dele. O médico responde: “meu pai não merece nem ser atendido pelo Samu”, e a ligação é encerrada.
Janaína levou a denúncia até à delegacia e afirma que o próximo passo será apresentar o boletim de ocorrência à ouvidoria da Autarquia Municipal de Saúde. Até o momento, o médico não foi identificado.
"Espero que ele responda pelo que fez, porque isso aconteceu comigo, mas com certeza não foi só comigo. Eu levei sorte que gravei e tenho provas, mas e as outras pessoas? Tenho relato de outras pessoas que chamam o Samu e não são atendidas.", desabafa a mulher que no dia do ocorrido, diante da negação do serviço, teve que pegar seu pai no colo, e sozinha colocá-lo dentro do carro em busca de atendimento.
O idoso deu entrada pela madrugada, novamente, na UPA, onde foi medicado e estabilizado.
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