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Jovens promovem encontro de prevenção ao suicídio

Para atender um pedido que se originou dos próprios jovens do programa Bolsa Agente de Cidadania, as secretarias municipais de Assistência Social e de Esportes e Juventude reuniram-se para promover uma palestra no Centro da Juventude Alex Mazaron, na terç

Da Redação

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Atividade integra “Setembro Amarelo” e reúne equipe multiprofissional para ampliar rede de apoio Fotos: Profeta
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Atividade integra “Setembro Amarelo” e reúne equipe multiprofissional para ampliar rede de apoio Fotos: Profeta
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2018, 12:21:00 Editado em 19.09.2018, 12:23:07
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Para atender um pedido que se originou dos próprios jovens do programa Bolsa Agente de Cidadania, as secretarias municipais de Assistência Social e de Esportes e Juventude reuniram-se para promover uma palestra no Centro da Juventude Alex Mazaron, na terça-feira (18), dentro da programação do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio, ou à valorização da vida.  

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Cerca de 50 jovens estiveram no encontro, que teve a participação de vários profissionais da saúde mental, terapeutas comunitárias e da secretária de Esportes e Juventude, Jossuela Pinheiro.

“Essa é mais uma iniciativa da administração municipal em que somamos esforços por uma causa comum. As secretarias de Assistência Social e de Esportes e Juventude querem levar ao jovem apucaranense essa mensagem de que podem contar conosco, de que temos programas em diferentes áreas, de que dispomos de recursos para ouvi-los e para ajudá-los. Por essa razão dispusemos desta equipe multiprofissional para a palestra”, disse a secretária Jossuela.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que a cada 30 segundos uma pessoa comete suicídio em algum lugar do mundo. Segundo a enfermeira especializada em saúde mental Karina Aline Ferreira, esta é a segunda causa de morte entre adolescentes e jovens adultos com idade entre 14 e 29 anos, também ao redor do mundo. Embora as mulheres tentem se matar três vezes mais do que os homens, eles acabam morrendo mais do que elas, pela letalidade das formas de suicídio que empregam. Um total de 800 mil pessoas morrem por suicídio ao ano no mundo.

A enfermeira da UBS Maria do Café, Karina Aline Ferreira, especializada em saúde mental e uma das coordenadoras do encontro, afirma que o suicídio, hoje, é visto como um problema de saúde pública. “Aqui mesmo, na área de nossa unidade e do Centro da Juventude, tivemos um aumento expressivo no número de suicídios este ano. É por isso que insisto que precisamos falar sobre o assunto. Porque falar sobre ele é também falar sobre um tabu, mas é discutir também amor, afeto, atenção e acolhimento. Para que esse quadro possa se reverter no futuro próximo, fizemos um trabalho em escolas sobre os sinais e sintomas, assim como sobre a empatia.”

O ato de acabar com a própria vida atravessa a história. Aparece, por exemplo, no Japão Imperial, com os samurais, e em recentes vídeo games e séries da Netflix. Mas o fato é que jamais se viu tamanha discussão sobre um tema que, mesmo assim, e paradoxalmente, ainda se constitui em tabu para muitos pais. Esse é o motivo pela qual os próprios jovens integrantes do Programa Bolsa de Cidadania tenham procurado a enfermeira Ariane Cristina da Silva, da saúde mental da Autarquia Municipal de Saúde, para propor uma roda de discussões.

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“Fomos procurados para que fizéssemos essa atividade. Eles têm muitas dúvidas. E, apesar do Google, apesar do virtual, queremos estimular uma cultura do humano, da família. Queremos falar do suicídio, sim, mas também da qualidade de vida”, destaca Ariane.

A psicóloga Thays Luana Correia, também uma das mediadoras da roda dos jovens, disse que é muito importante saber como lidar com o sofrimento mental. “O jovem muitas vezes não fala, e tudo aquilo que não é falado , que o adolescente guarda para ele e não consegue partilhar, gera sofrimento – que, por sua vez, se não consegue lidar com seus sentimentos vão gerar mais problemas. Nós temos que mostrar a eles que é possível ressignificar esses problemas.”

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