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UTFPR se destaca na criação de produtos

O campus de Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) protocolou a sua quinta patente em 2018, através do desenvolvimento de uma substância inovadora que pode ser utilizada em dezenas de aplicações, desde agricultura até a medicina.

Da Redação

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UTFPR se destaca na criação de produtos - Foto: Delair Garcia/TN
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UTFPR se destaca na criação de produtos - Foto: Delair Garcia/TN
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.08.2018, 21:12:00 Editado em 21.08.2018, 09:25:29
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O campus de Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) protocolou a sua quinta patente em 2018, através do desenvolvimento de uma substância inovadora que pode ser utilizada em dezenas de aplicações, desde agricultura até a medicina. Com isso, a meta estipulada para todo o ano já foi batida, mas a direção da instituição quer mais: a expectativa é que, até dezembro, mais cinco inovações inéditas sejam registradas.

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A mais nova patente - que é o registro de um novo produto ou processo de produção - envolve o desenvolvimento de uma substância chamada de hidrogel, um composto químico que tem como principal característica a grande absorção de água (ver box).Ronie Galeano, diretor de Relações Empresariais e Comunitárias do campus, é um dos coordenadores dos pedidos de patente da UTFPR de Apucarana. 

Segundo ele, a meta de cinco patentes geradas na unidade apucaranense em 2018 foi batida no meio do ano. Outras patentes registradas são na área de nanotecnologia, química e informática.“Mesmo com a meta sendo alcançada, não devemos parar por aí. Existem outras a caminho e, até dezembro, devemos ter 10 patentes conquistadas no ano”, diz.

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Galeano afirma que o papel da Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (Direc) é dar suporte às pesquisas e a busca por inovações. Por isso, foi desenvolvido um Hotel Tecnológico (HT) no campus, um espécie de ‘pré-incubadora’ de novos projetos. 

Para o futuro, o próximo passo do HT é atrair empresas para desenvolver projetos dentro dos laboratórios da instituição. Este modelo, chamado de ‘inovação aberta’, proporciona ganhos tanto para as empresas quanto para a própria universidade, como explica o professor.“Isto faz com que as empresas, ao invés de gastarem grandes quantias de dinheiro na construção de um laboratório próprio, utilizem a estrutura já montada da UTFPR, reduzindo custos e realocando investimentos. 

A universidade também leva vantagem, recebendo recursos destas empresas para equiparem ainda melhor os laboratórios e formando os alunos com ainda mais qualidade”, destaca.A inovação tecnológica é uma das propostas do Conecta Apucarana, projeto  idealizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), com o apoio e participação de instituições universitárias, incluindo a UTFPR.A proposta da entidade é fomentar a cultura da inovação em Apucarana, estimulando a criação de "startups" e novos negócios, criação de incubadoras e fortalecer as conexões que contribuem para o desenvolvimento social e econômico da cidade

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Pesquisa cria novo tipo de hidrogelA última patente registrada pela UTFPR envolve a produção de hidrogel. “Os hidrogéis já existem no mercado. Mas o hidrogel que desenvolvemos consegue reter até 40 vezes a sua própria massa, a um custo baixíssimo e com produção muito rápida. Em 14 minutos, conseguimos produzir o nosso hidrogel, enquanto que os mais difundidos hoje no mercado levam várias horas”, afirma Ariel Colaço de Oliveira, aluno de mestrado de Engenharia de Materiais do campus.

Ele vem desenvolvendo o método há quase dois anos, quando ainda estava na graduação em Química. Além de mais barato e mais rápido para ser produzido, o hidrogel desenvolvido em Apucarana tem a capacidade de revolucionar vários mercados e, por isso, já é alvo do interesse de empresas. A substância é totalmente biodegradável, ou seja, não é tóxica nem polui o meio ambiente, como os hidrogéis convencionais.Por conta destas propriedades, o produto pode ser utilizado na agricultura, misturado ao solo, para fornecer mais nutrientes para as plantas. Outra possibilidade é na área médica. 

“O nosso hidrogel se assemelha muito a tecidos biológicos, como pele humana, por exemplo, além de ter ação antimicrobiana. Por conter muita água, ele pode auxiliar na cicatrização e também na administração de medicamentos. Nos nossos últimos testes, colocamos medicamentos dentro do hidrogel para que eles fossem liberados de maneira controlada. 

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Os resultados foram bastante positivos”, aponta Alessandro Francisco Martins, professor de Química da UTFPR que orientou os estudos de Ariel.Segundo ele, não há nada igual no mercado. “Estamos testando a capacidade de absorção de outras substâncias. Testamos em água contaminada com chumbo e o hidrogel conseguiu retirar 99% das impurezas”, destaca o professor que também fez testes nos EUA.

 
 
 

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