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Apesar de corresponder a 21% da frota de veículos de Apucarana, 60% dos acidentes com óbitos registrados neste ano no município têm relação com motocicletas. Os números são do 10º Batalhão da Polícia Militar de Apucarana (BPM), que reforça a necessidade de maior formação dos motociclistas e conscientização no trânsito para evitar acidentes. Segundo levantamento da corporação, foram registradas 5 mortes neste ano, três tiveram envolvimento de motocicletas. Na estatística geral, as motos estão presentes em 35% dos acidentes registrados.
O levantamento feito pela PM registra apenas colisões ocorridas na área urbana, de modo que incidentes nas rodovias não são contabilizados, e óbitos no local dos acidentes. A morte do motociclista Marcos Leandro da Silva, 23 anos, que perdeu a vida na última quarta-feira no hospital após se envolver em acidente entre duas motocicletas no Jardim Ponta Grossa, por exemplo, não entra na estatística.Neste ano, segundo a corporação, foram registrados 447 acidentes no município.
Destes, 154 tiveram participação de motos, o equivale a 35% do total. A estatística da PM não mapeia a relação entre o número de feridos e o tipo de veículo nos acidentes, contudo, quem trabalha na área destaca que os motociclistas estão mais expostos a ferimentos.“Todo acidente de trânsito envolvendo motos é potencialmente mais grave em termos de ferimentos”, comenta o sargento Cláudio Gonçalves da Silva, que atua no setor de relações públicas do 10º BPM.
Ele destaca que a maior prevalência de acidentes com motos é uma questão complexa de trânsito, que envolve tanto as características do veículo quanto a conscientização de motociclistas e motoristas, que disputam espaço nas ruas de forma muitas vezes agressiva, em relação ao risco e conduta. “A motos desenvolve maior velocidade e é um veículo mais ágil no trânsito, mas o motociclista precisa estar consciente que está exposto a danos maiores em caso de acidente”, completa.
O aumento da frota também é um desafio. Apucarana tem atualmente 16,8 mil motos em uma frota de 79,2 mil veículos.Segundo o sargento, a PM tem realizado uma série de ações voltadas para reduções de índices de acidentes de trânsito. “Iniciamos um trabalho de conscientização durante o Maio Amarelo e, independente da campanha, estamos intensificando a fiscalização do trânsito com blitz diurnas e noturnas e vamos intensificar o uso do etilômetro”, comenta. Segundo o sargento, a melhoria nos índices passa também pela formação de motoristas e motociclistas. “A habilitação não é só para não levar multa, é para que os condutores tenham um mínimo de formação para o trânsito”, destaca.
Segurança nas ruas
Instrutor de direção de motos há 10 anos, Sérgio Matwijou, avalia que a imprudência – tanto de motociclistas quanto de motoristas – aliada ao excesso de velocidade estão entre as principais causas de acidentes. Contudo, segundo ele, o motociclista pode se reduzir as chances de se expor a colisões com adoção de uma conduta mais defensiva.
“Conduzir a moto dentro de uma velocidade compatível com a via, na mesma mão dos carros é importante”, comenta. O instrutor também destaca que as condições da moto também melhoram as condições de segurança. “Trafegar sempre de luz acesa e com a moto em boas condições mecânicas e com os equipamentos de segurança é importante. Além do capacete, que é obrigatório, o motociclista pode investir em outros itens, como roupas adequadas”, avalia.
fonte: Tribuna do Norte
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