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Temer anuncia novas concessões aos caminhoneiros, mas greve completa 8 dias em meio a incertezas

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou, na noite de domingo (27), novas propostas para colocar fim à greve dos caminhoneiros. Em um pronunciamento rápido no Palácio do Planalto, o emedebista se comprometeu a reduzir em 46 centavos por litro o preço do d

Da Redação

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Publicado em 28.05.2018, 06:39:00 Editado em 28.05.2018, 07:26:59
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O presidente Michel Temer (MDB) anunciou, na noite de domingo (27), novas propostas para colocar fim à greve dos caminhoneiros. Em um pronunciamento rápido no Palácio do Planalto, o emedebista se comprometeu a reduzir em 46 centavos por litro o preço do diesel. O desconto valerá por 60 dias, após os quais os reajustes do diesel serão feitos mensalmente. O valor corresponde à soma dos impostos Pis/Cofins e da Cide. O pronunciamento ocorre depois de um dia inteiro de negociações, em Brasília.

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O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões, isto é, sem carga, em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário, que é uma das reivindicações antigas e que, agora, será votada no Senado em regime de urgência. As duas mudanças serão garantidas por uma medida provisória assinada pela presidência.

Essas determinações constam em edição extra no Diário Oficial da União. A expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação, que já dura sete dias e causa enormes prejuízos e transtornos em todo o país, termine logo, mas mesmp assim a greve dos caminhoneiros entra nesta segunda-feira (28) no seu oitavo dia. A situação dos postos de combustíveis de todo o Paraná é grave. Em Apucarana e região  norte do Estado a recomendação é de que as pessoas deiem o carro em casa hoje.

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Os estados do sul do Brasil tem o maior número de rodovias interditadas, conforme último balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao todo, são 251 pontos de interdição em rodovias estaduais e federais no Paraná. Mas a PRF, atendendo ao pedido da Assessoria Nacional de Comunicação, não irá mais divulgar balanços estaduais de bloqueios em rodovias. A partir de agora, apenas números nacionais serão divulgados.

Combustíveis
Segundo o Sindicombustíveis, poucos caminhões-tanques conseguem furar os bloqueios e, na maioria dos casos, contanto com apoio policial, por isso alguns postos ainda recebem pequenas cargas. "Esta escolta policial vem sendo realizada apenas de forma pontual, para abastecimento de viaturas oficiais e da própria polícia, e nestes casos também ocorre de restar combustível para que estes postos possam atender a população. As ações de escolta acontecem de forma esporádica, sem aviso, e portanto não há como prevê-las. São carregamentos pequenos que se esgotam em questão de horas, gerando grandes filas" afirmou por meio de nota.

No Paraná, como um todo, a situação é similar: não há abastecimento regular. Pode ocorrer que algum posto, de forma isolada, venha a obter algum produto, por conta de caminhão-tanque que tenha conseguido furar os bloqueios, geralmente com escolta. Diante deste quadro, não há condições de quantificar de forma exata número de postos em atividade no Paraná e em Curitiba que poderiam ainda ter gasolina e álcool. São casos raros e isolados.

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Alimentos
As Ceasas do Paraná, que ficam em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, venderam apenas 10% do previsto no final de semana. Poucos produtos estão conseguindo chegar até o centro de distribuição, na Capital, por exemplo, apenas 40 produtores conseguiram chegar no local para vender os produtos. Em dias normais, o local recebe aproximadamente 300 produtores. Já em Foz do Iguaçu, a falta de alimentos está prejudicando também compradores do Paraguai, que frequentam diariamente a central de abastecimento.

Uso da força 
Na última sexta-feira (25), o presidente da República, Michel Temer, assinou um decreto determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias. O decreto foi públicado em edição extra do Diário Oficial da União autorizando o emprego das Forças Armadas no contexto da Grantia da Lei e da Ordem (GLO). 

Em contrapartida, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) solicitou que os caminhoneiros liberem as rodovias do país. "A Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias", diz a entidade.

A entidade ainda afirmou que classificou como "lamentável" a manifestação tardia do presidente e que "preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria".

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