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A greve dos caminhoneiros já começa a ter reflexos na rede pública de ensino municipal de Apucarana. De acordo com a assessora de imprensa da Autarquia Municipal de Educação (AME), Mônica Costa, alguns fornecedores de merenda escolar já não entregaram as mercadorias nesta semana por conta dos bloqueios nas rodovias.
"As nutricionistas já orientaram as merendeiras a adequar os cardápios de acordo com os nosso estoques de alimentos até que a situação volte ao normal", afirma Mônica.
Transporte
Em relação ao combustível do transporte escolar, ela informa que a AME tem combustível para frota própria até o final de semana. "Há também a questão das vans particulares, que estão sendo afetadas. Se a greve persistir, na semana que vem alguns medida deverá ser tomada em relação ao transporte escolar", adianta Mônica.
Conteúdo
A assessora de imprensa da AME acrescenta que os professores da rede pública municipal de ensino inclusive já foram orientadas a repassar mais tarefas de casa para os alunos compatíveis com o conteúdo aplicado em sala de aula para que os alunos não sejam prejudicados.
Região
Algumas prefeituras da região já suspenderam o transporte escolar por conta da greve dos caminhoneiros. Em Faxinal, o prefeito Ylson Cantagallo usou sua página rede social para informar a população que em razão da falta de fornecimento de combustível para a frota era necessário suspender alguns serviços.
Veja a íntegra da nota: Saúde : Todas as linhas de transporte para as outras cidades foram suspensas, permanecendo apenas urgências e emergências através das ambulâncias. Educação: Os ônibus escolares municipais estarão paralisados a partir desta quinta-feira(24 de maio). Circular: o combustível do ônibus só consegue fazer o primeiro horário do dia desta quinta-feira (24). Setor de viação, estradas rurais - paralisado. Coleta de lixo estará prejudicada nos próximos dias, mas não haverá interrupção total.
"Pedimos a compreensão de todos até que a situação seja normalizada. Eu que já fui caminhoneiro, por mais de 20 anos, conheço esta luta, sei o que é dormir num caminhão e rodar horas por este Brasil, o óleo diesel e o pedágio fica com todo o lucro, para o caminhoneiro sobra o cansaço e a saudade de casa", diz a nota do prefeito de Faxinal.
Em Bom Sucesso, o prefeito Raimundo Severiano, informou aos pais e alunos que os ônibus escolares municipais iriam ser paralisados à partir desta quinta-feira (24 de maio). Ele também alegou que a prefeitura não está recebendo combustível para os veículos do município, por causa da greve dos caminhoneiros.
Os estudantes que moram na zona rural e também os universitários que estudam em Apucarana não serão transportados enquanto perdurar a paralisação. Ambulâncias e veículos da Secretaria de Saúde continuam rodando normalmente. Segundo a administração municipal, o estoque de combustível ainda armazenado pelo município fica destinado prioritariamente a esses veículos. A prefeitura informa também que a coleta de lixo será prejudicada nos próximos dias, mas não será totalmente paralisada.
Paraná tem mais de 150 bloqueios
De acordo com dados das polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE), divulgados no início da noite de ontem, são ao todo 158 pontos de bloqueio nas estradas do Paraná, sendo 101 em rodovias estaduais e 57 em rodovias federais. Os protestos acontecem em todo o país e têm como principal reivindicação a redução nos preços dos combustíveis. De acordo com os caminhoneiros, as manifestações acontecem por tempo indeterminado.
Na região, são pelo menos seis bloqueios em cinco rodovias. Ontem, um guindaste foi utilizado para içar um trator na paralisação da BR-369, no distrito de Aricanduva, entre Apucarana e Arapongas. O proprietário do guindaste, Antônio Augusto Gomes, disse que utilizou o maquinário como forma de apoiar a greve. “Estamos sendo explorados e desrespeitados pelo governo. A greve é a única esperança que o país tem para voltar a progredir”, disse.
Produtores rurais do Vale do Ivaí também aderiram ao movimento. Desde anteontem, maquinários agrícolas foram colocadas juntos ao trecho de interdição, na PR-466, em Jardim Alegre.
Conforme Donizete Pires, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ivaiporã, a demanda pelo combustível no setor agrícola é grande. Hoje, o setor é responsável pelo consumo de mais de 15% do óleo diesel vendido no Brasil. “Estamos indignados com os preços praticados e somos solidários às paralisações dos caminhoneiros”.
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