Pró-reitores e conselheiros estão reunidos na manhã desta quarta-feira (4) no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) em Apucarana. O motivo da reunião de trabalho ainda não foi confirmado oficialmente, mas a evasão escolar é um dos principais focos de discussão no âmbito acadêmico atualmente.
Para mitigar o problema, o direção da instituição decidiu mapear, identificar as causas e propor soluções para a evasão escolar. Estes são alguns dos objetivos do Grupo de Trabalho de Acesso, Permanência e Evasão (GT – APE) da Unespar. Coordenado pela professora Jacqueline Vignoli, docente do Colegiado de Letras do campus de Campo Mourão, o GT - APE, composto por pelo menos um docente de cada um dos sete campi da Unespar, atua desde 2017 coletando dados sobre tema.
A coordenadora explica que o grupo não tem função deliberativa, ou seja, de decidir e implementar iniciativas que busquem impedir a evasão, mas sim de propor soluções, em conjunto com a comunidade acadêmica, para os problemas evidenciados a partir da coleta de dados.
A primeira ação do grupo, desenvolvida no final de 2017, concentrou-se na coleta de dados de aproximadamente 600 alunos matriculados no primeiro ano de cada curso da instituição. Os estudantes responderam questões sobre quais fatores, de acordo com suas perspectivas pessoais, mais influenciam na possibilidade de desistência do curso. Segundo Vignoli, o relatório da pesquisa está em fase de finalização e, em breve, será apresentado aos campi pelos membros do GT - APE.
Acompanhamento
Já a segunda ação, a ser desenvolvida ao longo de 2018, tem como objeto o acompanhamento dos estudantes que de fato evadiram ainda no primeiro ano de graduação. Para isso, cada coordenador de curso deverá informar, trimestralmente, os nomes dos alunos desistentes no formulário que se encontra na página do grupo, cabendo aos membros do GT – APE estabelecer o contato com eles.
Condição socioeconômica dos estudantes
Uma das hipóteses para a desistências é a condição socioeconômica dos estudantes. Conforme justifica a professora, grande parte dos discentes da Unespar tem dupla jornada, estudando no turno da noite e trabalhando durante o dia e, muitas vezes, os estudantes precisam priorizar a dedicação a sua fonte de renda em detrimento à formação superior.
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