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Médico negocia venda do Hospital do Coração em Apucarana

O Hospital do Coração de Apucarana está à venda. Foi o que confirmou ontem o médico Randas Vilela Batista, presidente da fundação que é proprietária do imóvel. O local, segundo ele, já chegou a ser visitado por um grupo de possíveis compradores. Fechado h

Da Redação

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Médico negocia venda do Hospital do Coração em Apucarana - Foto: TNONLINE
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Médico negocia venda do Hospital do Coração em Apucarana - Foto: TNONLINE
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2018, 10:35:00 Editado em 04.03.2018, 14:12:38
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O Hospital do Coração de Apucarana está à venda. Foi o que confirmou ontem o médico Randas Vilela Batista, presidente da fundação que é proprietária do imóvel. O local, segundo ele, já chegou a ser visitado por um grupo de possíveis compradores. Fechado há mais de 3 anos e sem nunca ter funcionado como hospital, o prédio atualmente é utilizado como lar de quatro cães da raça Rottweiler, que ficam nas dependências internas do prédio.

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De acordo com Randas, o Hospital do Coração pode ser vendido em breve. “Estamos negociando com algumas pessoas interessadas. Não posso revelar quantas ou quem elas são, nem de onde são, para não atrapalhar as negociações”, afirma ele. 

Apesar disso, o médico afirma que seu principal desejo não é vender, mas sim manter o local e reabrir o hospital no futuro.A obra foi construída pela Fundação do Coração Vilela Batista, que tem à frente o médico Randas Vilela Batista, com dinheiro proveniente de uma fundação japonesa. 

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Sua construção teve início em 2008, com prazo de funcionamento em dois anos, que foi prorrogado por mais dois. Após investimento de US$ 5 milhões, o local foi inaugurado em fevereiro de 2012, mas funcionou apenas como ambulatório até agosto de 2014, quando convênio com que mantinha o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir) foi encerrado por problemas de documentação.

O hospital nunca funcionou em sua capacidade total e foi fechado em 2015 após a Vigilância Sanitária desaprovar o espaço. De acordo com laudo do órgão, o prédio precisava passar por profundas modificações para atender os requisitos hospitalares. Já Randas nega a necessidade de mudanças na estrutura. Fechado desde então, o hospital necessita de reparos, como constatou a reportagem da Tribuna do Norte na tarde de ontem. 

Estruturas metálicas já se mostram com pontos de ferrugem e há muito entulho no entorno. Um funcionário contratado pela fundação atua no local que, no entanto, tem mato alto em alguns pontos do terreno. Quatro cães de grande porte, da raça Rottweiler, são mantidos na parte interna do hospital. Eles circulam livremente nos corredores e salas do local.

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“Os cães ficam dentro do hospital para garantir a segurança. Aconteceram muitos roubos ali. Não os deixo na área externa porque a área é muito utilizada por crianças, que podem querer entrar no espaço do hospital e serem mordidas”, disse Randas por telefone. 

Ele afirma que está semanalmente no hospital, mas a reportagem apurou com pessoas próximas que os períodos longe de Apucarana duram até 30 dias. “Lamento toda esta situação. Sinto pela população de Apucarana. No período em que trabalhamos, acabamos com uma fila de três anos por consultas cardiológicas, transformando a cidade na única do Brasil sem filas", disse. 

Associação pode reverter terreno

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O terreno onde foi construído o Hospital do Coração pertencia à Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea), que doou o espaço. Keniti Ishida, presidente atual da Acea, explica que a associação atualmente tem outras prioridades, mas que a ideia pode ser retomada em breve.

“A Acea foi lesada, com certeza. Fomos enganados. Nos prometeram um grande e moderno hospital, mas até hoje está só a estrutura construída. Nunca funcionou como deveria e acredito que nunca irá funcionar”, afirma ele.A tentativa de reversão do terreno já foi debatida pela associação anteriormente, mas perdeu força. A situação chegou até a ser alvo de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) na Câmara dos Vereadores de Apucarana. Na época, Randas e o prefeito de Apucarana que viabilizou a obra, Valter Pegorer, foram interrogados pelos parlamentares.

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