O preço da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias da Petrobras sofrem novos reajustes. De acordo com a empresa, a partir de hoje, haverá aumento de 1,9% para a gasolina e 0,4% para o diesel. Os combustíveis já haviam sofrido reajustes ontem: a gasolina subiu 1,7% e o diesel, 1,1%. No acumulado do ano, a gasolina já subiu 9,25% nos postos de Apucarana e o diesel, 11,7%.
Nesta semana, o preço dos combustíveis nas refinarias já havia sido ajustado. Na quarta-feira (27), houve aumento de 1,1% no diesel e redução de 0,4% na gasolina. No dia seguinte, também houve aumento de 0,9% no diesel.Em levantamento feito em 24 postos de combustíveis de Apucarana na tarde de ontem, a gasolina estava sendo vendida, em média, a R$ 4,25, variando entre R$ R$ 4,19 a R$ 4,29. O valor médio é 9,25% maior do que o praticado no início do ano, quando o litro do combustível saia por R$ 3,89.Mas o diesel foi o combustível que mais aumentou: 11,7% desde janeiro, quando o litro era vendido por R$ 2,90 em média. Ontem, a média era de R$ 3,24, variando entre R$ 3,19 e R$ 3,29.
A pesquisa abrangeu apenas o diesel comum, conhecido como S-500. A alta do etanol no período foi de 5,5%, indo de R$ 2,90 a R$ 3,06, com variação entre R$ 2,99 e R$ 3,09.A alta acumulada do ano ficou bem acima da inflação do período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro ficou em 1,62%. As variações fazem parte do modelo de reajustes frequentes praticados pela Petrobras, “em busca de convergência no curto prazo com a paridade do mercado internacional”, segundo a estatal. O preço final ao consumidor, nas bombas, dependerá de cada empresa revendedora e dos próprios postos de combustíveis.
DIFICULDADES
Nem os donos de postos de combustíveis estão aguentando o reajuste nos preços da gasolina, diesel e etanol. Segundo Noel do Carmo, proprietário de um posto no centro de Ivaiporã, a alta impacta toda a cadeia de comercialização dos produtos.
“É muito custo. Cada vez que aumenta o preço dos combustíveis, a margem de lucro continua a mesma. Então precisamos de mais dinheiro para comprar o mesmo produto para ganhar o mesmo valor”, reclama.
Segundo ele, com os aumentos quase que diários dos combustíveis, as pessoas passaram a economizar mais, fazendo com que as vendas caiam. Carmo conta que, para poder manter o negócio, ele precisou demitir dois funcionários neste ano e, para manter o mesmo ritmo de trabalho, teve que dobrar a própria jornada de trabalho.
“Foi a única maneira que encontrei para manter o negócio. Se estivesse repassado todos os custos para o consumidor, hoje teria que cobrar mais de R$ 5 o litro da gasolina”, esclarece.
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