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Apucaranense Marjorie Yamaguti cria arte com bambu 

Bonito, leve, resistente e ainda por cima barato. Essas são características do bambu, planta muito utilizado por chineses e japoneses e que virou principal matéria-prima da artista plástica apucaranense Marjorie Yamaguti, que vive por um período em Taiwan

Da Redação

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Marjorie Yamaguti é natural de Apucarana, mas vive um período em Taiwan (Shiang Dang)
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Marjorie Yamaguti é natural de Apucarana, mas vive um período em Taiwan (Shiang Dang)
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.11.2017, 13:06:00 Editado em 06.11.2017, 13:20:06
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Bonito, leve, resistente e ainda por cima barato. Essas são características do bambu, planta muito utilizado por chineses e japoneses e que virou principal matéria-prima da artista plástica apucaranense Marjorie Yamaguti, que vive por um período em Taiwan. A jovem vem se destacando por trabalhar com o material em diversos lugares do mundo. 

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Marjorie começou a trabalhar com bambu há cerca de três anos ajudando uma professora de Arquitetura que precisava de mão de obra para conseguir executar alguns projetos. “Eu simplesmente amei todo aquele processo de cortar, limpar, carregar, manusear e amarrar bambu por bambu. A partir desse momento, minha vida virou uma busca eterna sobre o bambu”, comenta. 
No ano passado, instalações da artista foram vistas desde festivais de músicas, cerimônias em templos hindus, pousadas e até em festivais de arte, como a renomada Trienal de Arte de Setouchi, no Japão, um dos melhores festivais de arte contemporânea do mundo. “Estudava conceitos de relação tempo, corpo e espaço, e anotava todo dia depois do trabalho o processo, ferramentas e técnicas para entender mais sobre como construir com bambu”. 
A apucaranense conta que a experiência foi enriquecedora em sua vida. “A maior parte das técnicas eu tive que aprender por observação, tentativa e erro. Afinal, eu trabalhava com obreiros que falavam mandarim ou bahasa, e até então eu falava nenhuma dessas línguas”. 

Durante a caminhada, Marjorie foi “adotada” como aprendiz pelo artista taiwanês Wen Chih, que ela considera um mestre e com quem trabalha há anos. “Não existe uma faculdade de arte de bambu, é uma cultura com diversas técnicas e conceitos que é passada de mestre para aprendiz”. 
Marjorie realizou 18 instalações de arte nos últimos 3 anos, todas em grande escala e trabalhando a relação corpo x espaço. 

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Além disso, fez intervenções artísticas em praças de São Paulo, no Museu da Oca, no Parque do Ibirapuera e aos poucos os convites foram surgindo. “Fui convidada para criar uma instalação artística na região afetada pela radiação das usinas de Fukushima. Foi um dos projetos mais loucos e desafiadores que já fiz na minha vida”. 

Assim que voltou ao Brasil, em março deste ano, a artista foi chamada para trabalhar na realização da exposição Bambu - Histórias de um Japão, na Japan House. “Foi extremamente gratificante trabalhar todos os dias diretamente com os principais artistas contemporâneos do Japão”. 
Além da montagem das obras da exposição, ela proferiu duas palestras 

na Japan House e organizou um workshop para pessoas de diversas nacionalidades participarem da execução de uma minha instalação da artista. “Parando para pensar, foi tudo muito rápido, cada projeto que eu realizo abre as portas para um próximo projeto e assim tem sido nos últimos 3 anos. No Brasil, é difícil ganhar espaço como artista, ainda mais o tipo de obra que eu gosto de fazer que não cabe numa sala vazia”.  

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Apucaranense Marjorie Yamaguti cria arte com bambu 
Foto por Reprodução

Trajetória 

Natural de Apucarana, Marjorie Yamaguti, 27 anos, é filha do comerciante Getulio Yamaguti e da funcionária pública Aparecida Shiratori. A artista não chegou a se formar em instituições de ensino, mas começou a fazer Publicidade e Propaganda, na Cásper Líbero, e abandonou após um tempo.

Mesmo não formada, Marjorie trabalhou pelas principais agências do mundo, como Ogilvy e DM9DDB. “Eu ganhava bem e tinha acabado de montar a minha equipe dos sonhos de inteligência digital (big data). Larguei tudo isso também porque precisava de algo maior para minha vida do que fazer marcas serem mais ricas do que já são”, comenta. 

Por isso, em 2014, ela resolveu se dar o prazo de um ano para encontrar algo novo e decidiu mudar para a Austrália. Antes de arriscar tudo, a artista conversou com os pais e contou seus planos. “Lembro até hoje da minha mãe, Aparecida, me falando: filha, você não consegue ver ainda, mas você já está fazendo o seu futuro. Isso me deu confiança para arriscar em projetos incertos, mas com potencial”. 

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