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Número de adolescentes apreendidos aumenta 62% em Apucarana neste ano

O número de adolescentes apreendidos neste ano, no período de 1º de janeiro a 31 de agosto, aumentou 62% em comparação ao mesmo período do ano passado em Apucarana. O levantamento foi feito a pedido da Tribuna à Secretaria de Estado da Segurança Pública e

Da Redação

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Abordagem policial na "Praça do 28"
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Abordagem policial na "Praça do 28"
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.10.2017, 06:43:00 Editado em 28.10.2017, 11:47:53
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O número de adolescentes apreendidos neste ano, no período de 1º de janeiro a 31 de agosto, aumentou 62% em comparação ao mesmo período do ano passado em Apucarana. O levantamento foi feito a pedido da Tribuna à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp). Foram 292 adolescentes apreendidos contra 180 durante o mesmo período do ano passado. As ocorrências também aumentaram 65% no mesmo período. Neste ano foram 459 ocorrências, ou seja, a maioria dos adolescentes foi enquadrado por mais de um ato infracional. Em 2016, o número era 277. 

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O levantamento levou em consideração os dados do Boletim de Ocorrências Unificado (BOU), da Sesp, que integra as ocorrências registradas pela Polícia Militar e também pela Polícia Civil, envolvendo adolescentes, que corresponde a faixa etária entre 12 a 17 anos. O principal motivo das apreensões está relacionado ao uso  de drogas e ao tráfico. Essas duas situações representam mais da metade das apreensões, 56%. Neste ano, dos 292 registros, 106 foram por drogas para o consumo pessoal e  por 60 adquirir, vender, fornecer e ou produzir drogas.

Na sequência aparecem as situações por desobediência com 39 ocorrências, seguido de dirigir sem carteira nacional de habilitação (31) e resistência à prisão (27). Na lista de infrações ainda estão roubo, roubo agravado, furto, furto agravado, receptação, lesão corporal, porte de armas, entre outros crimes. 

Quando analisado os dados gerais de apreensões de usuários de drogas realizadas pela Polícia Militar (PM), envolvendo tanto adolescentes quanto maiores de idade, no mesmo período, também houve uma alta expressiva, de 191%, passando de 156 situações para 455.

Na avaliação do comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Apucarana, José Francisco Cardoso, a prisão ou apreensão, no caso de adolescentes, faz parte da política de tolerância zero ao uso e tráfico de drogas. “No caso de adolescentes, nós percebemos que é comum os pais não saberem que o filho estava usando drogas. Neste momento, eles percebem que a mudança no comportamento não era só por causa da idade, mas também do uso do entorpecente”, diz.

Cardoso acredita que as apreensões servem de alerta aos pais. “Não raro, depois da apreensão, pais entram em contato conosco para se informar sobre alguma instituição que possa ajudar na recuperação dos filhos”, comenta.

Ainda de acordo com o comandante, a PM tem trabalhado para coibir tanto crimes, quanto atos infracionais, sendo feito, ao final, o encaminhamento para a Polícia Civil. Como resultado, Cardoso observa que houve também alta significativa de prisão de traficantes presos, 45%. A quantidade de drogas apreendidas também aumentou. De janeiro a setembro, apreensão de maconha aumentou 700%; cocaína 398% e crack 104%.

Prevenção é o melhor caminho
O aumento expressivo de apreensões de adolescentes é preocupante, segundo o promotor Gustavo Fernandes Marinho, da Vara da Família, Infância e Juventude, da Comarca de Apucarana. “Infelizmente, a família, o Estado e a sociedade, de forma geral, estão falhando com os adolescentes”, diz.

De acordo com o promotor, os dados mostram que as políticas atuais não estão no “caminho certo”. “Precisamos trabalhar de forma mais efetiva na prevenção do uso de drogas e também na conscientização de crianças e adolescentes sobre os problemas ocasionados pelo consumo de drogas e também pelo tráfico”, defende.

Na avaliação do promotor, o ideal é que os adolescentes não chegassem a ter contato com as drogas. “Mas, quando o adolescente já teve contato com as drogas, os pais podem buscar apoio junto aos profissionais de saúde do Caps I (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil)”, aconselha.

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