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Alimentação integra currículo escolar em Apucarana

“É uma delícia a salada. Também gosto de comer frutas na escola”, diz a aluna do 3ª ano da rede municipal de ensino de Apucarana, Ana Clara Pinheiro de Oliveira, de 9 anos. A declaração da estudante da Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes não é uma

Da Redação

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Alunos na hora do lanche na Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes  (Delair Garcia)
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Alunos na hora do lanche na Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes (Delair Garcia)
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.10.2017, 06:13:00 Editado em 26.10.2017, 19:21:17
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“É uma delícia a salada. Também gosto de comer frutas na escola”, diz a aluna do 3ª ano da rede municipal de ensino de Apucarana, Ana Clara Pinheiro de Oliveira, de 9 anos. A declaração da estudante da Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes não é uma raridade e revela uma pequena parte do projeto “Amigos da Alimentação – de mãos dadas com a saúde”, que tem por finalidade ensinar desde as primeiras séries do ensino fundamental a importância de um cardápio variado e saudável. O projeto já foi reconhecido recentemente pelo segundo ano consecutivo pelo Prêmio Sesi ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

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Ontem, na hora do lanche da tarde, que tinha no cardápio bolo de fubá e vitamina de abacate, a reportagem esteve na escola e acompanhou os estudantes, que revelaram também as preferências do cardápio. “Eu gosto do frango assado em pedaços”, complementou Ana Clara.

Já a coleguinha de Ana Clara, Júlia Sales Franco, de 10 anos, além de salada e de frutas, garante que passou a gostar de peixe. “Antes, eu não comia. Agora, eu gosto e peço também aos meus pais”, diz. Já o estudante Vitor Pierry de Oliveira, de 8 anos, revela que também gosta de frutas, em especial de melancia e de salada. “Também gosto bastante da farofa”, comenta o estudante.

As nutricionistas Jaqueline de Oliveira, diretora geral do setor de Merenda Escola, da Autarquia Municipal de Educação (AME), e Larissa Kapasi, coordenadora do setor de Logística da AME, observam que a variedade faz parte de um cardápio saudável. Por semana, cada criança recebe, em média, 850 gramas entre frutas, legumes e verduras, quantidade superior a recomendada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), de 200 gramas.

“O cardápio é elaborado de acordo com os hábitos alimentares locais, priorizando os alimentos produzidos pela Agricultura Familiar, por serem frescos, além de seguir as orientações do PNAE e o próprio conhecimento referente à nutrição saudável”, acrescenta Jaqueline.

Além disso, as profissionais observam que sempre estão atentas à harmonização e também à quantidade, para conseguirem atender todos os macros e micronutrientes necessários aos alunos. “Isso é importante para que os alunos tenham crescimento adequado e também aprendizagem, no que tange à alimentação. Para isso, o cardápio também é pensado de acordo com a faixa etária das crianças, privilegiando todos os grupos alimentares”, observa Larissa.

 
RESTRIÇÃO - Além da faixa etária, as nutricionistas ressaltam que as crianças com restrições alimentares têm o cardápio adaptado, como aquelas com intolerância ao glúten, lactose ou diabetes, por exemplo. Ao todo, na rede municipal, cerca de 200 crianças têm alguma restrição e recebem atendimento especializado. Para isso, os pais precisam levar um laudo comprovando o diagnóstico do filho.

Neste ano, o projeto foi um pouco mais além e, com intuito de combater a obesidade infantil, realizou a pesagem de todas as crianças. “Aquelas que estão com sobrepeso, entramos em contato com os pais e fazemos orientações à parte, para evitar problemas de saúde no futuro, sublinha Jaqueline. No próximo ano, haverá uma nova pesagem para fazer o comparativo.

Educação nutricional 

As crianças não só veem os alimentos prontos, elas também aprendem em sala de aula a importância de cada grupo alimentar. “Em sala de aula é trabalhada também a educação nutricional. Tem atividades de degustação e outras mais pedagógicas”, diz a nutricionista Jaqueline de  Oliveira, diretora geral do setor de merenda escola. 

A diretora Edna Mansano observa que o assunto é tratado diariamente com as crianças, começando com a apresentação do cardápio do dia. Além disso, elas também aprendem sobre a importância de evitar o desperdício. 

O projeto, desenvolvido há cinco anos na rede municipal, já tem apresentado mudanças significativas nos hábitos alimentares das crianças. “Hoje em dia, elas não reclamam na hora de comer a salada ou fruta. Também passam a comer todos os tipos de carnes, porque estão acostumados e sabem da importância dos alimentos”, avalia a diretora.

“Também percebemos que diminuíram os casos de crianças com dor de cabeça e com diarreia, porque elas estão se alimentando melhor e, caso tem alguma restrição, é respeitada”, afirma. 

As nutricionistas comentam ainda que toda a equipe, que prepara os alimentos passam pro capacitação regularmente.

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