Uma manobra proibida de conversão à esquerda, feita por motoristas que trafegam pela Avenida Minas Gerais, em Apucarana, está preocupando as autoridades de trânsito da cidade. Vários veículos utilizam o pátio de um posto de combustíveis situado na avenida para ter acesso ao centro da cidade. Além de proibida, a conversão pode causar acidentes e atropelamentos.
A Avenida Minas Gerais corta o município de Apucarana de norte a sul, conectando a saída para Curitiba com a saída para Londrina. Do Estádio Olímpio Barreto, na zona sul da cidade, até a Avenida Central do Paraná, na região norte, a avenida possui quatro quilômetros. Em toda a sua extensão, há apenas uma conversão à esquerda para quem trafega no sentido Sul-Norte: no semáforo de acesso a Rua Severino Ceruti, perto do Colégio Platão. Esta é a única ligação direta entre a Avenida Minas Gerais e o centro da cidade.
Com a falta de conversões à esquerda, muitos motoristas acabam cruzando a pista e utilizando o pátio do Posto Catuaí para ter acesso a Avenida Paraná e ao centro da cidade.
O comerciante Reginaldo Lopes afirma que a conversão é perigosa, mas diz fazer a manobra mesmo assim.
“O indicado seria dar a volta na quadra, mas ninguém tem tempo para isso. Todo mundo realiza essa conversão. Faz muita falta uma conversão à esquerda sinalizada, um espaço próprio e mais seguro para fazer isso”.
Ele não é o único a realizar a conversão. O aposentado Orlando França também admite que realiza a manobra. “Acho que precisávamos de mais locais para conversão à esquerda. Talvez no semáforo da ‘Minas Gerais’ com a Avenida Paraná seja uma boa”, sugere.
Os funcionários do posto já cansaram de ver atos de imprudência no local. “Um dos problemas ocorre antes mesmo da conversão. É quando os motoristas param no meio da Avenida Minas Gerais, esperando uma oportunidade para fazer a conversão. Além de travarem a pista e formarem um congestionamento, eles podem causar um acidente, já que ali não pode parar”, afirma o gerente de pista Natanael de Oliveira.
Segundo ele, vários acidentes já aconteceram ali. “Alguns motoristas calcularam mal o tempo e já se acidentaram. Além disso, é perigoso para os pedestres do outro lado da rua, já que muitos fazem a conversão em alta velocidade. Eu mesmo já quase fui atropelado duas vezes. Outros funcionários também. Acredito que, para coibir essa infração, seria necessário instalar algo para dividir a pista, como um canteiro, ‘guard-rail’ ou algo assim”, diz.
ESTUDO
De acordo com Silnei Bolonheze, superintendente de Serviços Públicos , a situação preocupa. “É um ato totalmente errado por parte dos motoristas. É um ponto de faixa contínua, sem qualquer estrutura para realizar uma conversão de maneira segura. Estamos estudando alternativas para melhorar a segurança do trecho em questão. Em breve, devemos submeter essas alternativas à Viapar, que é quem deve realizar a implementação naquele local”.
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