As prisões por uso de entorpecentes em Apucarana aumentaram quase 179% entre janeiro e julho de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Apucarana, que também destacou o crescimento das detenções por tráfico de drogas. A maior parte dos presos por tráfico tem entre 18 e 24 anos.Entre janeiro e julho de 2016, foram 168 prisões de pessoas com drogas para consumo em Apucarana. No mesmo período deste ano, as prisões saltaram 178,6%, chegando a 468 prisões. Em média, pelo menos dois usuários de drogas são presos por dia na cidade.
Já as prisões por tráfico aumentaram 36%, passando de 125 nos primeiros sete meses do ano passado para 170 em igual período deste ano. Por semana, cerca de seis pessoas são presas traficando drogas em Apucarana.De acordo com o comandante do 10º BPM, tenente-coronel José Francisco Cardoso, a reorganização interna da polícia tem favorecido o aumento das apreensões.
“Neste ano, reorganizamos o efetivo policial, colocamos mais viaturas e mais policiais nas ruas. Além disso, os policiais agora têm metas de abordagem. Isso faz com que encontremos mais pessoas com drogas, principalmente usuários”, destaca.Segundo ele, a prisão de usuários leva à prisão de traficantes. “Através do usuário, é possível descobrir onde ele comprou a droga e, assim, chegar ao traficante, que é o grande objetivo da polícia no combate ao tráfico. Além disso, utilizamos um sistema moderno de georreferenciamento, que nos permite observar onde encontramos um maior número de usuários. Nestas áreas, a chance de haver ‘bocas de fumo’ é maior”, ressalta o comandante.
PERFIL
Entre os 170 presos por tráfico entre janeiro e julho deste ano, homens representam a imensa maioria das prisões: 93,5% do total, ou 159 presos. A maior parte das pessoas presas tem entre 18 e 24 anos. Desta faixa etária, foram detidas 83 pessoas, o que equivale a 48,8% do total. Na sequência aparecem os menores de idade, de faixa etária entre 12 e 17 anos.
Foram 49 menores de idade apreendidos no período, ou 28,8%.Quanto ao grau de escolaridade, 62,9% não completaram o primeiro grau. Esta porcentagem corresponde a 107 pessoas. Ao todo, 16 pessoas possuíam o primeiro grau completo, ou 9,4%, mesmo número de pessoas com segundo grau completo. De acordo com os dados, sete pessoas presas por tráfico no período não haviam completado o segundo grau, o que representa 14,2%. A escolaridade de 24 pessoas, ou 14,2% do total, não foi informada ou não constava no banco de dados.A maior parte dos presos é solteira: 62,9%, ou 107 indivíduos. Em seguida estão 35 pessoas, 20,6%, que moram com o parceiro, mas sem terem oficializado a união.
São três casados, o que corresponde a 1,7%, e apenas um divorciado, representando 0,6%. Já os que não informaram estado civil são 24, ou 14,2%.Ainda de acordo com o levantamento, dois menores de idade já foram apreendidos quatro vezes cada um. Outros três foram apreendidos duas vezes. Entre os maiores de idade, quatro já foram presos por duas vezes.
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