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Corpo já chegou a ficar 8 meses na geladeira do IML de Apucarana, relata auxiliar de necropsia

A demanda de trabalho no Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana inclui diversos tipos de serviços, como exame de corpo de delito, exumação e necropsia. Dentre as atividades atribuídas ao órgão está a manutenção na geladeira dos corpos de vítimas de mor

Da Redação

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Neste ano, já foram realizados 145 exames de necropsia no IML de Apucarana - Foto: Maicon Sales/TNONLINE
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Neste ano, já foram realizados 145 exames de necropsia no IML de Apucarana - Foto: Maicon Sales/TNONLINE
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.07.2017, 16:14:00 Editado em 24.07.2017, 22:17:22
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A demanda de trabalho no Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana inclui diversos tipos de serviços, como exame de corpo de delito, exumação e necropsia. Dentre as atividades atribuídas ao órgão está a manutenção na geladeira dos corpos de vítimas de mortes violentas sem identificação até que um juiz conceda alvará de sepultamento, após o cumprimento de prazos e trâmites burocráticos. O auxiliar de necropsia Áureo Francisco Silva Filho conta que um corpo já chegou a ficar oitos meses na geladeira por conta desse tipo de situação. Segundo ele, em média, cerca de 30 corpos são necropsiados no órgão mensalmente. Neste ano, já foram realizados 145 exames do gênero.

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"Esse foi o período mais longo de permanência de um corpo aqui na geladeira do IML de Apucarana. Isso ocorre quando a vítima está sem identificação e aí é obrigatória a coleta de material para realização de exame de DNA e de impressões digitais. Depois alguém do IML foi até o cartório com a certidão de óbito e registra como não identificado", relata Áureo.

Em seguida, prossegue o auxiliar de necropsia, deve ser aguardado um prazo de 30 dias e depois é requisitado um alvará de sepultamento ao Judiciário, que também é analisado pelo Ministério Público. Esse prazo pode se estender, no entanto, dependendo da situação, como ocorreu no caso da pessoa cujo corpo ficou oito meses na geladeira.

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Corpo já chegou a ficar 8 meses na geladeira do IML de Apucarana, relata auxiliar de necropsia
Foto por Reprodução

Auxiliar de necropsia Áureo Francisco Silva Filho, do IML de Apucarana
Foto: Maicon Sales

"Normalmente aí, depois da autorização do juiz, esperamos mais 20/30 dias para ver se alguém da família da pessoa não identificada aparece e na sequência procuramos a Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa), requisitamos um terreno no Cemitério Portal do Céu ou outro no município e o sepultamento é realizado como 'pessoa não identificada'", acrescenta Áureo.

Exame de corpo de delito
O servidor público do IML de Apucarana explica ainda que não existe um exame de corpo de delito padrão. "Como o objetivo é detectar lesões causadas por qualquer ato ilegal ou criminoso, ele pode ser aplicado em diversas situações, como após uma batida de carro, em casos de agressão ou quando um detento é transferido de presídio. O exame também é uma prova fundamental para esclarecer casos de tentativa de suicídio, homicídio e estupro", explica Áureo. 

Solicitação de autoridades
Ele detalha que o procedimento precisa ser solicitado por uma autoridade, como um delegado ou promotor. "O exame só pode ser realizado por médico legista habilitado e credenciado e o laudo final é encaminhado a um promotor público e ao juiz, que usarão as informações em processo judicial", finaliza Áureo.

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