Placas de bronze viraram alvo de ladrões nos cemitérios Cristo Rei e da Saudade em Apucarana. Ao caminhar por entre os túmulos, é perceptível a ação dos criminosos. Em algumas áreas, as placas do material praticamente desapareceram. Apesar da Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa), não ter um número oficial, estima-se que pelo menos 80% dos jazigos tiveram as placas levadas. Nos dois cemitérios são cerca de 12,5 mil túmulos. Diante do avanço dos casos nos últimos três meses, a autarquia estuda instalar câmeras de monitoramento.
Ontem à tarde, por exemplo, a aposentada Aparecida Cândido da Silva, de 68 anos, foi visitar o túmulo do marido, que faleceu há 17 anos, e constatou o furto. “Estive aqui na semana passada e a plaquinha com o nome dele estava. Hoje já não estava mais. Eu vim justamente porque ouvi falar que tinham levado várias placas no fim de semana”, revela.Para a aposentada, o furto é sinônimo de desrespeito.
“Não é pelo valor pago, mas pela falta de respeito com os nossos familiares que já se foram”, diz. No mercado clandestino, um quilo do metal custa, em média, R$10. Já para instalar os enfeites, o valor é bem diferente. Uma placa de bronze somente com a identificação sai, em média, por R$110. Já a placa de identificação mais a moldura da foto custa em de R$250.
De acordo com um funcionário do local, que prefere não se identificar, os criminosos furtam as placas de bronze no período da noite, quando não há vigilância do local.
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