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Soprap lamenta fechamento do bosque municipal

Membros da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap) estiveram nesta terça-feira (24/01) no Bosque Municipal Parque das Aves. Eles aprovaram o tratamento dado aos animais e mostraram preocupação com o destino que o Instituto Brasileiro do Meio

Da Redação

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​Soprap lamenta fechamento do bosque municipal - imagem - Profeta (divulgação)
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​Soprap lamenta fechamento do bosque municipal - imagem - Profeta (divulgação)
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.01.2017, 16:53:00 Editado em 25.01.2017, 17:01:49
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Membros da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap) estiveram nesta terça-feira (24/01) no Bosque Municipal Parque das Aves. Eles aprovaram o tratamento dado aos animais e mostraram preocupação com o destino que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está dando a eles.

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Após 12 anos de funcionamento, o local está sendo fechado definitivamente pela Prefeitura de Apucarana que não tem condições de realizar uma série de investimentos exigidos pelo órgão federal. Cerca de 60 animais já foram remanejados para outros lugares e a prefeitura espera a remoção dos remanescentes. “É uma pena esta situação. 

Posso dizer que é triste e preocupante, pois ficamos aqui sem saber ao certo quanto ao destino dos animais que já foram e também dos que ficaram, e que já estão aqui porque foram acolhidos de lugares onde já não deveriam estar. Para onde o Ibama irá encaminhar esses animais, muitos deles debilitados, sem condições de voltarem à natureza. 

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Qual será o destino?”, indagou Isamélia Andrea Constâncio Ballan, presidente da Soprap. De acordo com ela, a entidade não conseguiu ainda entender como, de repente, o “Parque das Aves” passou a ser inapropriado para o Ibama. “Até agora o nosso bosque serviu, foi apropriado e útil, ainda estamos tentando entender o porquê de tantas exigências agora”, disse Isamélia. A situação também foi classificada como “um contrassenso” pela Prefeitura de Apucarana. 

O embargo do Ibama ao bosque de Apucarana aconteceu em agosto do ano passado e tem como base a mudança recente da legislação que trata sobre espaços públicos mantenedores de animais silvestres. Embora, ao lado da Polícia Militar Ambiental/Força Verde, encaminhe há anos animais resgatados ou apreendidos para o bosque apucaranense, com base na nova lei o órgão alega que o local não tem a estrutura necessária para estar em funcionamento. 

“No que tange a nós, da sociedade protetora, não há nada o que falar sobre o bem estar dos animais. Estão todos bem abrigados, alimentados, os recintos estão todos limpos”, atestou Isamélia. Ela colocou a Soprap à disposição da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para acompanhar as novas retiradas. 

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A última remoção aconteceu a cerca de 60 dias. “Vamos estar aqui para verificar o modo como estarão remanejando os animais, garantindo que sejam capturados e transportados de forma adequada”, comunicou. Apesar de desde o embargo os animais estarem sob a responsabilidade do Ibama, nenhum auxílio é dado pelo órgão no que tange custos com alimentação e tratamento veterinário.

O Ibama também não fixou prazo para que todos os animais sejam retirados do local. Na região de Londrina há dois ou três criadouros aptos e que seguem a legislação do Ibama que podem receber as aves. Como a quantidade de espaços habilitados é insuficiente, o Ibama deve transferir os animais para outras regiões do estado, como a Região Metropolitana de Curitiba.

Para entender - Além de multar a prefeitura em R$100 mil, medida que a administração já contesta judicialmente, para a reabertura do local o órgão exigiu investimentos para que o espaço fosse elevado ao “status” de zoológico. Deveriam ser feitas, entre outras coisas, ampliações nos viveiros, recuo nos corrimões e um ambulatório. Uma reforma orçada inicialmente em R$ 280 mil, e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já oficializou ser inviável no momento para o município. 

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A despesa mensal saltaria dos atuais R$25 mil para algo entorno de R$ 70 mil. Em entrevista coletiva na noite de segunda-feira (23/01), o prefeito Beto Preto lamentou o fechamento do Parque das Aves. “São dois pesos e duas medidas. Ao mesmo tempo em que somos requisitados como abrigo de animais, somos considerados inadequados para mantê-los neste local”, indagou Beto Preto. 

Ele lembrou ainda que nos últimos quatro anos, a prefeitura realizou melhorais estruturais e aprimorou os cuidados com os animas. “Temos uma bióloga e um veterinário que prestam atendimento permanente no parque, além de servidores municipais que realizam o tratamento e manutenção geral do local. 

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Os animais recebem alimentação balanceada e muitos deles necessitam de cuidados diários até mesmo para se alimentar. O que há de errado com este serviço? No entanto, sabemos que a legislação mudou e não temos como nos adequar a ela por falta de recursos e isso é lamentável”, ponderou o prefeito.  

Fundado há 12 anos, até então nenhum órgão havia exigido a licença ambiental do bosque municipal de Apucarana. 

A prefeitura de Apucarana, conforme informou o prefeito, irá encaminhar um ofício ao Ibama para que seja informado para onde estão sendo encaminhados os animais retirados do parque. “Queremos saber se estão indo para um local público em condições de recebê-los com segurança”, disse Beto Preto. O Parque das Aves tinha 130 animais de 30 espécies diferentes. 

O local - Criada em 1963 como forma de preservar a mata remanescente, a área onde está o bosque municipal de Apucarana era um dos poucos locais da região onde o Ibama e demais órgãos ambientais levavam aves, répteis e mamíferos para receberem tratamento. O local possui 21 mil metros quadrados e fica localizado dentro do perímetro urbano, na Rua Clóvis da Fonseca, esquina com a Rua João Antônio Braga Cortes (próximo ao Country Club).

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