Estudantes da rede estadual protestam na manhã desta quarta-feira (5), em Apucarana, contra a Medida Provisória (MP) para o ensino médio proposta pelo Governo Federal. A manifestação é encabeçada pelo Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Nilo Cairo, com apoio do APP-Sindicato. Segundo a organização, cerca de 800 alunos participaram do ato.
Desde que foi anunciada, a reforma do ensino tem gerado muita polêmica, críticas e incertezas. A MP segue cheia de indefinições, principalmente quanto ao currículo, que prevê como disciplinas obrigatórias somente Português, Matemática e Inglês. Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física, que foram retiradas num primeiro momento, serão analisadas pelo Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas seguem obrigatórias até a decisão final.
“Queremos mudanças no ensino médio, mas não para pior. Parece que o governo quer criar seres menos pensantes tirando essas disciplinas que são essenciais para a bagagem dos alunos", disse Bruno Gurgell, presidente do grêmio estudantil.
Os alunos ser reuniram em frente ao Colégio Estadual Nilo Cairo e seguiram até o platô da Praça Rui Barbosa. "A gente precisa sim de uma reforma no ensino médio. Mas uma reforma onde o aluno, o educador a sociedade sejam ouvidos. Esse ato é para que a sociedade acorde e se mobilize e para que o governo pense bem para em relação a essa Medida Provisória que não nos representa", assinala Gurgell durante o protesto.
Seminário
A Secretaria de Estado da Educação anunciou na terça-feira (4) que fará seminários em todo o Paraná para debater as mudanças propostas para o ensino médio. No dia 13 de outubro, serão realizadas discussões simultâneas nas 32 regionais da Educação no Paraná, com a participação de toda a comunidade - pais, estudantes, grêmios estudantis, professores, diretores, pedagogos e técnicos da Secretaria da Educação. Na manhã de terça-feira (4) já foi realizada uma webconferência com os chefes dos Núcleos Regionais, para alinhar a organização dos eventos.
“A intenção é tornar o debate o mais amplo possível. Claro que as escolas estão fazendo esses debates ao longo dos últimos dias e os seminários vão servir para alinhar e enriquecer as discussões”, disse a secretária da Educação, professora Ana Seres.
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