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Delegado diz que aborto de trigêmeos sofrido por menor em colégio ainda não foi confirmado

O caso de uma estudante de 15 anos que estaria supostamente na décima semana de gestação de trigêmeos e na última sexta-feira (17) teve um aborto no banheiro do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, em Apucarana, na região norte do Paraná (PR)

Da Redação

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O delegado adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Marcos da Rocha Rodrigues:
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O delegado adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Marcos da Rocha Rodrigues:
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.06.2016, 12:23:00 Editado em 23.06.2016, 20:52:38
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O caso de uma estudante de 15 anos que estaria supostamente na décima semana de gestação de trigêmeos e na última sexta-feira (17) teve um aborto no banheiro do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, em Apucarana, na região norte do Paraná (PR), ainda gera muita repercussão nas redes sociais e controvérsias sobre como tudo exatamente aconteceu. O delegado responsável pelo caso e um médico legista afirmaram nesta quinta-feira ao TNONLINE que ainda seria prematuro afirmar tratar-se de um caso de aborto de trigêmeos, segundo foi divulgado em diversas postagens em grupos da internet nos últimos dias. 

Conforme informações extraoficiais obtidas por investigadores no dia do fato, a adolescente teria ingerido medicamento de uso proibido (Citotec) para induzir o aborto e perdido um feto de dez semanas no banheiro do colégio, outro feto já no banheiro do Hospital da Providência, para onde foi levada pelo Samu, e um terceiro teria sido retirado durante procedimento de curetagem. "Isso tudo ainda não está comprovado, pois o caso está em fase de análise pericial e não há nada de concreto em relação a um aborto de trigêmeos. Houve um aborto e a menor precisou ser hospitalizada, mas essas informações sobre a possível paternidade e se seriam trigêmeos ainda são apuradas e estão no âmbito das especulações, pois não foram localizados os três fetos", disse o delegado adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Marcos da Rocha Rodrigues. 

RELATO DE MÉDICO
O médico legista e intensivista Narciso Marques Moure, radicado há décadas no Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana, reiterou que ainda não foi confirmado oficialmente que a menor estaria grávida de trigêmeos.  "Conversei com a adolescente e ela me relatou que após o aborto no banheiros do colégio começou a sentir muitas dores e não sem lembra sobre possível aborto de outros dois fetos. Contaram a menina que ela teria abortado o segundo feto no banheiro do hospital e um terceiro teria sido retirado durante procedimento de curetagem, conforme postagens extraoficiais em redes sociais, mas isso ainda não está comprovado pericialmente", reafirmou Narciso. 

RISCOS Á SAÚDE
O médico ressalta que todo tipo de aborto, principalmente os sem assistência médica, traz sérios riscos à saúde da mulher. "Há riscos de perfuração do útero em casos de métodos físicos e ainda de infecções e até morte por choque hipovolêmico (queda brusca da temperatura do corpo) decorrente de hemorragia em caso de aborto provocado por uso de medicamentos", alerta no legista.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Narciso acrescenta que casos de gravidez na adolescência na região de Apucarana tiveram uma redução de 2000 a 2008. "Como a disseminação da Aids provocava pânico, as pessoas em geral, incluindo adolescentes, usavam preservativos com mais frequência durante as relações sexuais. Mas depois, com uso de coquetéis de medicamentos para controlar a Aids, muitas pessoas começaram a perder o medo de contrair a doença e deixaram de se resguardar com uso de preservativos e, consequentemente, os casos de gravidez na adolescência voltaram a aumentar nos últimos anos", completa o médico.  

RETORNO ÀS AULAS
A estudante de 15 anos retornou às aulas na manhã de segunda-feira (20) e recebe orientação do setor pedagógico do colégio, além de ter sido encaminhada aos órgãos de apoio da Secretaria Municipal de Saúde, para acompanhamento psicológico disponibilizado no Centro de Referencia de Assistência Social (Cras), Centro de Atenção Psicossocial (Caps). O caso é acompanhado ainda pelo Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do adolescente e pela Promotoria da Infância e Juventude.

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