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Campeão do Amador, Pirapó Esporte Clube retoma tradição

A última edição do Campeonato Amador de Futebol de Campo de Apucarana marcou o retorno de uma das equipes mais antigas e tradicionais da cidade: o Pirapó Esporte Clube. Fundado em outubro de 1953, o time se destacou sobretudo nos anos 60, 70 e 80, com imp

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2016, 11:47:00 Editado em 27.04.2020, 19:53:06
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A última edição do Campeonato Amador de Futebol de Campo de Apucarana marcou o retorno de uma das equipes mais antigas e tradicionais da cidade: o Pirapó Esporte Clube. Fundado em outubro de 1953, o time se destacou sobretudo nos anos 60, 70 e 80, com importantes conquistas na região. Após um período longe dos primeiros lugares, a equipe conseguiu ser campeã do Amador e também trabalha para formar a próxima geração de jogadores. A vitória sobre o Baiano Futebol Clube no último dia 28 de janeiro aconteceu de maneira emocionante: um 4 a 3 bastante disputado. 

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De acordo com o treinador Élton Campidelli, estar no time do Pirapó tem uma emoção diferente. “É uma grande responsabilidade treinar esse time. A cobrança existe, até pela história do time. Muita gente vai aos jogos, o pessoal das antigas, gente que já vestiu essa camisa. Tem pai de jogador atual que já jogou pelo Pirapó”, conta ele. Élton, que é comerciante, lembra ainda que os integrantes do clube sentem o peso do time ter ficado tanto tempo na fila. “Foram 17 anos fora de uma final de campeonato. É uma marca que acaba adicionando um clima diferente ao time. Fico feliz por ter levado o clube novamente a uma final, ainda mais sendo o meu primeiro campeonato no comando do Pirapó”, diz. Apesar do passado recente difícil, o clube tem uma rica história. Participante de um dos primeiros times do Pirapó, Wagner Lazarini ainda lembra com saudade daqueles tempos. “Cheguei em Apucarana em 1955, com 16 anos, e logo comecei a jogar. Me lembro que o futebol era jogado quando não havia colheita de café. O “Primeiro de Maio” era o grande torneio, sempre foi. Era como se fosse o nosso ‘Brasileirão’, pela rivalidade e importância que tinha”, lembra. Rivalidade que era compartilhada, nesse início de clube, pelo Cambira Futebol Clube. “Eles eram os nossos grandes rivais. Até hoje me lembro de uma partida pelo “Primeiro de Maio” em que fomos jogar lá no campo deles.

Era 1957, campo lotado e ânimos à flor da pele. Logo no início do jogo, uma briga generalizada começou e invadiu o campo, envolvendo também os jogadores. Tivemos que sair correndo e o jogo acabou sem resultado”, conta. Olívio Martins de Abreu também é da mesma época. “Era um tempo diferente, bem mais difícil, mas com muito amor ao futebol. Os jogos eram bem mais disputados, mais ‘pegados’, não tinha corpo mole. Mas era complicado. Muitos, inclusive eu, não tinham nem chuteira para jogar. Mas a gente dava um jeito, tudo pelo futebol”, lembra ele. 

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Novo campo - Aos poucos, o time foi crescendo. O campo de terra, chamado por eles de ‘terrão’ ou ‘chocolate’ e que existe até hoje, deixou de ser o campo oficial do time, que ganhou um novo local para jogos: o atual campo de grama da equipe, construído em 1961. O novo campo foi importante, ajudando a fazer com que as gerações seguintes formassem o período de maior glória da equipe, com vários títulos do ‘Pimeiro de Maio’. Sebastião Costa é dessa época e lembra rivalidades importantes da equipe na época. “Comecei a jogar em 75 e a Fazenda Ubatuba era o nosso grande rival nessa época. 

O Pirapó era tão grande na época que havia inclusive disputas internas. Já houve campeonato em que os dois times nossos da época, o principal e o aspirante, caíram na mesma chave. Além disso, a torcida sempre foi ‘corneta’, sempre foi muito crítica. Isso não mudou até hoje”, diz. Sebastião continua na diretoria do clube até hoje. “As coisas mudaram bastante. Antes, fazíamos os times apenas com jogadores do Pirapó. Hoje, é difícil conseguir gente daqui. A molecada só quer saber de celular, computador, não tem muito interesse por futebol”. Geração de atletas - Atual presidente do Pirapó, o vendedor Paulo Sérgio Negrão explica que o título é fruto de um trabalho de seis anos. 

“Resolvi retomar a equipe após meu filho pedir para jogar. Na época, ele juntou colegas e amigos e nós montamos o time para disputar campeonatos de base. É emocionante poder dirigir o clube. Quando mais jovem, eu vendia latinhas de cerveja na beira do campo em dia de jogo. Sou do Pirapó e sempre tive paixão pelo time”, conta ele. As categorias menores nunca deixaram de ser uma das prioridades do clube. Hoje, dezenas de crianças e jovens realizam treinamentos no clube. “O legado está ficando. Tem criança de todos os níveis sociais. Eles precisam ter boas notas para treinar”, diz, lembrando ainda que os garotos recebem lanche gratuito. As categorias de base existem por conta de pessoas como o técnico em segurança do trabalho André Fenato, que treina crianças entre 5 e 13 anos. “Temos um lado social muito forte. É emocionante poder fazer esse trabalho. Meu pai já foi goleiro do Pirapó no passado e tenho uma ligação desde criança com o clube. É gratificante demais”.

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