A convite da direção e da equipe pedagógica do Colégio Estadual Nilo Cairo, situado na Rua Osório Ribas de Paula, no centro de Apucarana, o promotor da Vara da Infância e Juventude, Gustavo Marcel Fernandes Marinho, se reuniu com professores nesta manhã de quarta-feira (12), no Salão Nobre do estabelecimento de ensino público. Durante o encontro foram discutidas várias questões, como infrações de alunos no âmbito escolar, redução da maioridade penal, o Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente, entre outros itens.
Foto: José Luiz Mendes
"Se um professor não tiver autonomia para advertir um aluno que não está agindo corretamente não sei aonde vamos parar. Mas já a questão de reduzir a maioridade penal é questionável, pois primeiro o Estado deve disponibilizar toda a estrutura necessária, com psicólogos e outros profissionais, para que os alunos problemáticos sejam assistidos de forma adequada", frisou Marinho.
Foto: José Luiz Mendes
Conforme o promotor, a chance de um adolescente sair pior do que entrou no sistema prisional é muito significativa, pois para ele as condições no cárcere "são inadequadas para uma efetiva recuperação de infratores". "Se pararmos para pensar, vamos lembrar que quando éramos mais jovens fizemos coisas das quais viemos a nos arrepender depois. Então cabe a nós lutar e cobrar do Estado as condições adequadas para atendimento de menores problemáticos", completa Marinho.
O diretor do Colégio Nilo Cairo, professor João Luiz Calegari, afirmou que no turno da manhã há cerca de 700 alunos no estabelecimento. "Mas desses 700 estudantes, cinco alunos problemáticos acabam tumultuando todo o ambiente. E nós precisamos estar preparados para lidar com essa situação, mantendo sempre o bom andamento das atividades pedagógicas", disse Calegari, que agradeceu a presença no colégio do promotor Gustavo Marcel Fernandes Marinho.
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