Os professores das universidades estaduais do Paraná, em greve há mais de 40 dias letivos, continuam com as atividades paralisadas. Anteontem, os docentes do campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) realizaram a assembleia da categoria, onde foi decidido pela manutenção da paralisação. Todas as outras universidades do Estado também continuam com os trabalhos interrompidos. “Não temos como suspender a greve sem uma proposta concreta, o que ainda não veio.
Há um texto sendo debatido na Assembleia, mas os deputados não estão se entendendo. Estamos na espera de uma posição do Governo do Estado para podermos avaliar”, afirma o professor da Unespar Apucarana, Antônio Marcos Dorigão.
Segundo ele, o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), que responde pelos docentes da Unespar de Apucarana, consultaram professores de economia e estatística para avaliar o texto do governo estadual. “O resultado foi que, mesmo que o governo cumprisse o combinado, teríamos perdas que só seriam recuperadas após vários anos, algo muito negativo para a categoria”, afirma.
Na tarde de ontem, os profissionais da Universidade Estadual de Maringá (UEM) realizaram a sua assembleia, chegando ao mesmo resultado. Assim, todas as instituições estaduais de ensino superior do Paraná encontram-se paralisadas.
Em Apucarana, uma nova assembleia deverá ser marcada na próxima semana, em dia ainda não definido. PROPOSTA Na última segunda-feira (8), o governo estadual enviou uma nova proposta de reajuste salarial dos servidores à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), após vários impasses e desacertos. Depois disso, os professores e funcionários das escolas estaduais, que estavam em greve desde 25 de abril, decidiram encerrar a paralisação. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na manhã desta terça na Vila Capanema, em Curitiba
Aproximadamente dez mil servidores participaram do encontro, conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). No novo texto, o pagamento de 3,45% é referente à inflação entre os meses de maio, quando vence a data-base da categoria, a dezembro de 2014. Em janeiro de 2016, os servidores devem receber um novo aumento, com a inflação acumulada em 2015, mais um ponto percentual.
A mesma medida deve ser tomada em janeiro de 2017. Já em maio de 2017, os servidores ainda devem receber um novo reajuste, em relação ao primeiro quadrimestre do ano. Já em 2018, a data-base voltará para o mês de maio, quando será paga a inflação acumulada no último período.
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