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Gaeco prende 6 pessoas em Apucarana e Arapongas 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) prendeu 47 pessoas ontem durante a segunda fase da Operação Publicano, que investiga uma suposta organização criminosa responsável por facilitar a s

Da Redação

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Gaeco prende 6 pessoas em Apucarana e Arapongas  - Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina (JL)
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Gaeco prende 6 pessoas em Apucarana e Arapongas - Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina (JL)
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.06.2015, 08:13:00 Editado em 27.04.2020, 19:59:14
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) prendeu 47 pessoas ontem durante a segunda fase da Operação Publicano, que investiga uma suposta organização criminosa responsável por facilitar a sonegação fiscal através do pagamento de propina. As ações foram deflagradas em pelo menos 10 cidades paranaenses e entre os detidos estão seis contadores e auditores fiscais da Receita Estadual de Arapongas e Apucarana. Entre os presos estão integrantes da alta cúpula da Receita Estadual do Paraná. 

“A investigação ainda identificou 18 empresas que foram achacadas pelos agentes públicos”, informou o promotor Renato de Lima Castro, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina, por telefone.  Em Arapongas foram presos os contadores Luiz Sérgio Ruffato e José Constantino, e os auditores fiscais Nelson Mandeli Junior e Jani Elen Reis. A promotoria ainda interrogou empresários da cidade, mediante mandados de condução coercitiva.

Os nomes não foram divulgados. Também foram detidos os auditores fiscais Eurico Rosa de Almeida e Claudinei de Oliveira, de Apucarana. Todos os presos foram encaminhados para a sede do Gaeco, em Londrina, onde foram ouvidos. Foi preciso um ônibus da Polícia Militar (PM) para encaminhar todos os detidos nas cidades da região para a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) II. 

As informações que conduziram o Gaeco até os novos suspeitos foram obtidas mediante denúncias de empresários lesados pelo esquema e também por delação premiada de auditores fiscais e empresários envolvidos. De acordo com as investigações, os agentes identificavam empresas com débitos tributários e exigiam dinheiro para anular ou reduzir o valor das multas. O valor total da fraude ainda não foi contabilizado, no entanto o Gaeco informa que a propina cobrada girava em torno de R$ 150 mil. 

OUTRAS PRISÕES - Entre os presos ligados à alta cúpula da Receita Estadual do Paraná, que supostamente coordenavam a estrutura criminosa, estão Márcio de Albuquerque Lima (inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual de Londrina entre julho de 2014 a março de 2015), Lídio Franco Samways Junior (inspetor geral de fiscalização entre agosto de 2012 a julho de 2013), José Aparecido Valêncio da Silva (ex-coordenador geral da Receita, que pediu exoneração do cargo em meio às investigações) e Jaime Kiochi Nakano (ex-inspetor da Receita de Londrina que atualmente trabalhava em Curitiba).

O empresário o Luiz Abi Antoun, parente distante do Governador Beto Richa (PSDB) também teve a prisão decretada, contudo, não foi encontrado.  Durante o aprofundamento do caso, o Gaeco descobriu que o dinheiro arrecadado era distribuído para a manutenção da organização. Em depoimento um dos envolvidos teria afirmado que os superiores hierárquicos da Receita Estadual recebiam 10% da propina arrecadada pelo esquema.  No cálculo do Gaeco, foram cumpridos 49 mandados de prisão preventiva, sendo que dois suspeitos já estavam presos. No total foram expedidos 59 mandados de prisão preventiva, 49 conduções coercitivas, além de autorização para quebra do sigilo bancário de 59 investigados.

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