Um procedimento de redistribuição de aulas que seria realizado hoje (12) no Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana foi cancelado em razão da greve dos professores.
Nesta quinta-feira, diversos profissionais do ensino público estadual foram até a frente da sede do NRE, na Avenida Munhoz da Rocha, na Barra Funda, dando continuidade a protesto contra medidas de contenção de gastos adotadas pelo governo do Estado. Eles ocuparam o prédio e impediram que o procedimento agendado para hoje fosse realizado. O NRE de Apucarana está sem energia elétrica.
Concentração em frente ao NRE de Apucarana:
local estão sem energia elétrica - Foto: Dirceu Lopes
IMPEDIMENTO - "A redistribuição de aulas, que estava agendada previamente para esta quinta-feira não ocorreu porque manifestantes grevistas e representantes da APP impediram que o procedimento fosse realizado. Professores que iriam entregar documentação no NRE foram impedidos de fazê-lo pelos manifestantes e por isso decidimos cancelar a redistribuição de aulas", afirmou a chefe do NRE de Apucarana, professora Maria Onide Balan Sardinha.
Professores e servidores lotaram corredores
do NRE - Foto: Dirceu Lopes
Vários professores e servidores ficaram
na entrada do NRE - Foto: Dirceu Lopes
CURITIBA - Servidores públicos passaram mais uma noite acampados na Assembleia Legislativa do Paraná contrariando a determinação da Justiça para que desocupem o local.Centenas de servidores invadiram no final da tarde de terça (10) o plenário da Assembleia em protesto contra a votação de um pacote de medidas do governo Beto Richa (PSDB) para cortar os gastos públicos.
No início desta manhã de ontem (11), um oficial de Justiça levou uma ordem de reintegração de posse aos manifestantes, concedida a pedido do governo do Paraná. A multa em caso de descumprimento é de R$ 10 mil por hora.
"É algo absolutamente arbitrário. O Estado do Paraná está agindo como uma ditadura. O Estado democrático foi para as cucuias", afirmou o presidente do sindicato dos professores, Hermes Silva Leão. Ele diz que os manifestantes irão recorrer da decisão.Os servidores dizem que só saem da Assembleia quando o governo retirar as medidas de votação.
OCUPAÇÃO - Desde a madrugada de quarta, ao menos 800 servidores das áreas de educação e saúde dormem em barracas e no chão da Assembleia. Eles se alimentam com frutas, sanduíches, pacotes de bolacha e tomam água em copinhos trazidos pelos sindicatos.
Para aguentar o cansaço, os manifestantes fizeram revezamento nas cadeiras dos 54 deputados, enquanto outros deitavam no chão. "A cadeira é mais confortável", diziam. Dutos de ventilação foram abertos, no piso, para suportar o calor. Travesseiros e cobertores, além de barracas, eram trazidos por quem estava do lado de fora.
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