Cercado por bairros e com grande fluxo de visitantes, o Parque Ecológico da Raposa sofre com a convivência urbana. A maior unidade de conservação do município tem uma área de 44,53 alqueires de mata. É exatamente a mata que está sendo invadida. O local tornou-se um ponto tradicional de descarte de lixo, desmatamento e caça e pesca ilegal. Os constantes ataques à natureza estão modificando a paisagem e comprometendo a sobrevivência dos animais.
Leitores da Tribuna entraram em contato e enviaram fotos, registradas durante esta semana, que mostraram o descaso e o abandono do local. A área também é local predileto de algumas empresas de confecções para descartar irregularmente aparas de tecidos.
O descarte de lixo não apenas modifica a paisagem da área verde como compromete a fauna local. Os animais que vivem lá – capivaras, macacos, quatis, tamanduás, entre outros - são alvos de caça. Segundo moradores do entorno, caçadores se embrenham no mato e agem, na maioria das vezes, à noite, para evitar que sejam identificados e denunciados.
Moradores afirmam que o corte de árvores sem autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também ocorre na área.
O secretário de Meio Ambiente de Apucarana, Ewerton Pires, acredita que o caráter urbano do Parque da Raposa, com atrativos como lago e quiosques com lanchonetes, proporciona um volume de visitação superior ao dos outros parques municipais. “É um público urbano. Isso impõe uma série de desafios, pois o local atrai tanto aqueles que vão apenas visitar e desfrutar da paisagem, como os maus intencionados”.
O secretário informa que já identificou três empresas responsáveis pelo descarte de tecidos no parque. Os responsáveis foram notificados e, em caso da reincidência, responderão criminalmente. Segundo ele, termina hoje (29) o prazo para retirada dos tecidos e materiais descartados irregularmente no local "Empresas notificadas tem até hoje para comprovar o recolhimento dos materiais irregulares do local, caso isso não ocorra, elas serão multadas" cita Ewerton Pires.
Já em relação aos casos de despejo de outros materiais encontrados, Pires, diz que é difícil identificar a autoria pois o crime sempre ocorre sempre à noite. Por isso, a secretaria contratou três vigias que contam com apoio de rondas realizadas Guarda Municipal.
Com informações de Cindy Annielli
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