O advogado criminalista João Batista Cardoso confirmou nesta quarta-feira (03) a liberdade e revogação de prisão preventiva do investigador da Polícia Civil Israel Boaventura Júnior de Apucarana. Israel havia sido preso por uma suposta tentativa de homicídio, e disparo de arma de fogo, ocorrida no fim de semana do último dia 15 de novembro, na cidade de Arapongas.
“Ele já foi liberado, ainda hoje está retornando para Apucarana com sua família. O que nós fizemos foi obter na justiça uma concessão de prisão domiciliar, para que ele se submeta a tratamento, o crime ocorreu em uma situação atípica, o investigador teve um tipo de surto psicótico a qual qualquer profissional – especialmente aqueles que vivem sobre grande stress, como militares – está sujeito, logo ele estava inimputável em decorrência desse problema de saúde” citou o advogado criminalista.
Segundo Batista foi feita uma medida que resultou na paralisação do processo penal, para que assim, Israel possa se submeter a exames. “Ele deverá ficar em prisão domiciliar, ou mesmo em uma clínica, além de passar por diversos exames e perícias que irão avaliar melhor sua situação” acrescenta Cardoso.
Com essa nova solicitação, o processo penal contra Israel fica paralisado, até que o estado de saúde do acusado seja avaliado. Ainda de acordo com o advogado uma junta médica deve ser nomeada – contando também com uma psiquiatra do IML para avaliar a situação de Israel. “O que nós queremos é provar essa situação, da alteração psicológica, para salvaguardar a situação do policial e extinguir o processo penal, preservando assim a corporação a qual ele pertencia, evitando assim até uma eventual exoneração” completa o advogado João Batista. Segundo ele, pelos próximos seis meses, ele ainda permanece afastado de suas funções.
O crime
O investigador Israel Boaventura Júnior, de 32 anos, lotado na 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, foi preso por policiais militares e autuado em flagrante pelo delegado Marcelo Sakuma por tentativa de homicídio. O crime ocorreu no fim de semana do último dia 15 de Novembro. O delegado de Arapongas optou por não comentar o caso, afirmando que isso caberia às autoridades da corporação em Curitiba.
A potencial vítima da tentativa de homicídio seria a ex-companheira de Israel, com quem ele mantinha relacionamento afetivo há alguns anos e tem uma filha de três anos. Conforme investigadores de Arapongas, Boaventura teria se separado recentemente da companheira e vindo morar com o pai, a mãe e a irmã na Vila São Carlos, em Apucarana, após ter um suposto problema de ordem passional (forte emoção decorrente de ciúme) com a ex-mulher.
Postagens "pejorativas" em rede social sobre a situação de ordem passional envolvendo a pessoa dele e resolveu ir tirar satisfação com a ex-companheira.
Chegando no sobrado em que até pouco tempo residia com a mulher, ele teria sacado uma pistola e efetuado três disparos de arma de fogo contra uma porta de blindex no térreo. A mulher pisou em estilhaços do vidro quebrado e sofreu corte no pé esquerdo. Ela foi socorrida por equipe do Samu e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Guardas municipais e policiais militares que faziam rondas ouviram o barulho dos tiros e foram até o local. Eles fizeram a detenção do investigador e apreenderam a pistola .40 que estava com ele, além de dois carregadores municiados.
Inicialmente Boaventura foi transferido para Apucarana, mas depois o delegado José Aparecido Jacovós optou por encaminhá-lo para uma unidade prisional em Curitiba, na qual ficam detidos apenas policiais.
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