A Polícia Civil de Apucarana fechou ontem mais um estabelecimento na Avenida Minas Gerais que, segundo investigações, revendia peças de automóveis provenientes de desmanche. No local foram encontradas peças mecânicas, algumas com a numeração raspada, e centenas de itens de lataria. Foram encontrados quatro carros no local, sendo dois completamente desmontados.
Nos fundos do estabelecimento também funcionava uma confecção de bonés e camisetas falsificadas.
Os policiais chegaram ao estabelecimento no início da tarde. O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, José Aparecido Jacovós, explica que a polícia desconfiou do local após uma operação semelhante realizada no dia anterior. “Chegamos a esse local após termos encontrado ontem [anteontem] um estabelecimento com as mesmas características e que funcionava como revenda de peças de desmanche.
No final das contas, acabamos encontrando muito mais do que isso”, disse.
O delegado se refere à empresa de confecções de bonés e camisetas clandestina que funcionava nos fundos da loja de autopeças. Três máquinas de bordar foram encontradas no local, além de vários outros materiais para aplicação de estampas de marcas famosas.
O local fica na Avenida Minas Gerais, próximo à entrada do bairro da Vila Nova. Anteontem, na mesma avenida, policiais estiveram em outro estabelecimento que funcionava como revenda de peças suspeitas. As lojas ficam a cerca de 50 metros uma da outra.
Dois carros foram encontrados totalmente desmontados: um Citroën C4 Pallas e um Hyundai I30, ambos sem as placas e com chassi raspado. Um Fiat Siena com placas de Apucarana estava parcialmente desmanchado. Um Mitsubishi Pajero Sport, com placas de Curitiba, foi encontrado nos fundos do prédio.
A polícia acredita que o veículo seria desmanchado posteriormente. “Esses carros podem ter sido sim furtados em Apucarana. No entanto, a principal suspeita é de que eles teriam sido furtados em cidades como São Paulo e teriam sido enviados para serem desmanchados na cidade. Apucarana pode estar se tornando um polo de desmanches de carros. Continuaremos com as investigações, pois pode haver outros estabelecimentos desse tipo na cidade”, afirma o delegado.
Ao todo, cinco pessoas foram detidas, entre elas o proprietário do estabelecimento, Reginaldo Reis da Silva, de 42 anos. Dois funcionários da autopeças também foram detidos e poderão responder por receptação qualificada. Outros dois homens, um de 23 anos e outro de 32 anos, foram detidos por envolvimento com a confecção. Eles poderão responder por crime contra a propriedade industrial. Até o fechamento desta edição, os detidos estavam sendo ouvidos na delegacia e poderiam ser liberados até o final da noite.
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