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Polo moveleiro antecipa férias coletivas

A retração nas vendas do ramo moveleiro em Arapongas tem preocupado empresários. Alguns chegam a defender que 2014 já pode ser considerado o pior ano em termos de demanda. Com escassez de pedidos e consequente queda nas vendas, o resultado são férias cole

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.07.2014, 11:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:12:00
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A retração nas vendas do ramo moveleiro em Arapongas tem preocupado empresários. Alguns chegam a defender que 2014 já pode ser considerado o pior ano em termos de demanda. Com escassez de pedidos e consequente queda nas vendas, o resultado são férias coletivas, adotadas pela maioria dos empresários do setor e, em alguns casos, demissões em massa.


(Foto: Delair Garcia)

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A empresa de móveis Vila Rica ainda não dispensou nenhum dos funcionários. No entanto, iniciou na última sexta-feira férias coletivas por 20 dias para os empregados, tanto do setor administrativo como o de fabricação. De acordo com o sócio-proprietário e diretor industrial Vicente Lopes Munhoz, em 26 anos de empresa, 2014 tem sido o pior em termos de vendas. “Desde maio, as vendas caíram muito, por isso optamos pelas férias coletivas. Não está compensando manter a fábrica com equipamentos ligados. Os produtos que temos estocado serão suficientes para atender a demanda de julho”, explicou.

Além das férias coletivas, algumas também precisaram enxugar o quadro de funcionários. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, 1.044 funcionários que trabalham no setor de Indústria e Transformação foram desligados no mês de maio em Arapongas. No mês anterior, em abril, foram 1.106 demissões no setor.

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Depois de adotar férias coletivas por 15 dias, a empresa Fiasini, que produz móveis para sala e cozinha, precisou demitir 90 pessoas nos últimos meses. “Estamos vivendo um ano atípico, a demanda do mercado está muito fraca. No cenário atual, a demissão foi nossa única opção.

Por mais que recontratar mão de obra não seja algo fácil, tivemos que adequar o quadro de funcionários com a nossa realidade de venda. Ainda com gastos para demissões e possíveis novas recontratações, caso o mercado volte a exigi-las, atualmente não conseguimos avistar um horizonte ao longo prazo. Com custos altos e falta de demanda, precisamos demitir”, justificou o proprietário da empresa, Mario Carlos Francisco.

Apesar das queixas de empresários, o sindicato que defende os interesses dos trabalhadores do polo moveleiro vê a situação como “normal”. “Houve demissões neste período, sim, mas nada que esteja além da normalidade. Mesmo com a retração das vendas, não estamos entendendo que está sendo um ano tão atípico, como alguns estão analisando. Está sendo um quadro dentro da normalidade até o momento, acreditamos que o setor não esteja passando por um problema. Por mais que tenham ocorrido demissões, são casos pontuais, problemas isolados e não do parque industrial como um todo ”, defendeu o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhos das Indústrias e da Construção do Mobiliário de Arapongas (Sticma), Ataíde da Cruz Botelho.

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