O apucaranense Leandro Marcos de Oliveira, de 34 anos, que no último sábado teria ateado fogo em uma residência na região da Vila Formosa, provocando queimaduras e consequentemente o falecimento de Gleidson Rocha, de 20 anos, tentou contra a própria vida na noite desta quarta-feira (7) na cadeia. Conforme a polícia, Leandro tentou se enfocar na cela, usando uma peça de roupa (camiseta), mesmo com as autoridades tendo o cuidado de não deixar lençol no local. O detento foi socorrido por uma equipe do Samu e encaminhado ao hospital, mas não corre risco de morrer e deve ser reconduzido ao minipresídio. Ele teve alta hospitalar anteontem (5) e acabou preso quando prestava esclarecimentos na 17ªSDP.
Agora a Polícia Civil vai tentar a tranferência de Leandro para o Complexo Médico Penal, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba porque ele estaria com depressão profunda e poderia tentar outras vezes contra a própria vida. Segundo a polícia, Leandro mantinha um relacionamento amoroso com Gleidson que, de acordo com ele, estaria também mantendo relações com um menor e isso abalou a relação de ambos, que estavam junto há seis meses. Leandro teve a prisão temporária decretada pelo Judiciário a pedido do delegado Gustavo Dante da Silva. Ele poderá responder processo por homicídio triplamente qualificado.
"Fizemos um pacto de morte, tomamos muito Rivotril com coca-cola e depois joguei álcool em todos os cômodos da casa, mas foi o Gleidson que ateou fogo. Esse menor que entrou na nossa relação estragou tudo e agora não tenho mais motivo para viver, por isso digo a vocês: não vou ficar muito tempo na Cadeia", disse Leandro, que está preso isolado em uma cela (corró) anexa à 17ª SDP. Peguntado se estava arrependido, ele afirmou que faria tudo de novo. "O Gleidson sofria com muito com a rejeição da família e com homofobia da sociedade. Ele era tudo para mim...", completou Leandro em meio às lágrimas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.05.2014, 00:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:07
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