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Homem que tentou matar a mãe por causa de doações para igreja é condenado em Apucarana

O júri popular realizado hoje (24), no Fórum Desembargador  Clotário de Macedo Portugal, em Apucarana, resultou na condenação de Bráulio da Silva Shafranski, de 29 anos. Ele pegou pena de 3 anos condenado a regime semi-aberto. De acordo com denúncia ofere

Da Redação

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Homem que tentou matar a mãe por causa de doações para igreja é condenado em Apucarana
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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.04.2014, 18:56:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:43
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O júri popular realizado hoje (24), no Fórum Desembargador Clotário de Macedo Portugal, em Apucarana, resultou na condenação de Bráulio da Silva Shafranski, de 29 anos. Ele pegou pena de 3 anos condenado a regime semi-aberto. De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), em 6 de dezembro de 2008 Bráulio tentou matar a própria mãe, Mariana Joli da Silva, de 52 anos, com golpes de faca. Na oportunidade a mulher reagiu, chegou a dar uma facada em uma das pernas do filho e depois fugiu correndo. Os jurados entenderam que mãe e filho foram vítimas de uma ação supostamente inescrupulosa protagonizada por pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), já que a mulher, viúva, doou mais de R$ 100 mil sob a promessa dos religiosos de obtenção de "inúmeras graças através da Fogueira Santa", graças essas que nunca se tornaram realidade. O filho se revoltou com as doações e o entrevero com a mãe resultou em tentativa de homicídio com golpes de faca.

A Promotoria de Justiça havia pedido a condenação de Bráulio por tentativa de homicídio simples."Se os jurados acatassem a nossa tese, o Bráulio cumpriria a pena em regime aberto. Antes de responder o processo em liberdade, ele chegou a ficar preso durante oito meses", afirmou o promotor Gustavo Marcel Fernandes Marinho.

Segundo o advogado de defesa, Odair Cordeiro dos Santos, o réu também foi vítima na situação. "Após o falecimento do pai de Bráulio, a mãe dele, que hoje já o perdoou, começou a doar bens a inventariar para pastores de uma igreja evangélica de renome nacional e internacional, como um veículo GM Astra e mais de R$ 60 mil em dinheiro, que seriam colocados na fogueira santa como forma de obter graças de Deus. Depois disso, os pastores queriam ainda que ela doasse uma edificação na Rua Aquiles, na Vila Nova, com apartamento e sala comercial, único bem que havia restado à família,para obter a graça total e ficar sob a tutela dos religiosos. Isso revoltou Bráulio, que na época tomava remédios controlados, e o entrevero acabou resultando nessa situação totalmente desaconselhável", reiterou Odair.

Ainda conforme o defensor, os tais "pastores, que hoje já não estão mais em Apucarana, teriam até "recomendado que Mariana parasse de dar os remédios controlados para o filho. O júri do filho que deu facadas na mãe foi presidido pelo juiz Osvaldo Soares Neto e na acusação trabalhou o promotor Gustavo Marcel Fernandes Marinho.

MÃE ARREPENDIDA - "Já perdoei meu filho e queria muito que ele voltasse comigo para casa. Em relação às doações de bens feitas à Igreja Universal do Reino de Deus, estou pensando em entrar com uma ação da Justiça para reverter essas doações, pois foram feitas sob muita pressão dos pastores. Cheguei a deixar de pagar contas par fazer doações; parece que sofri lavagem cerebral, pois doei para IURD mais de R$ 100 mil", afirmou a mãe do réu, Mariana Joli da Silva.


Mãe e filho se reconciliaram após tentativa de homicídio (Foto Sérgio Rodrigo)

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