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Jovem foi morta porque estava grávida

A Polícia Civil apresentou ontem na 17ª Subdivisão Policial (SDP), dois envolvidos no caso da gestante carbonizada, encontrada na Estrada do Rio Bom, em Apucarana. O corpo da vítima, reconhecido através da arcada dentária, é de Ana Paula Alves Pires, 17 a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2013, 08:11:00 Editado em 27.04.2020, 20:24:38
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A Polícia Civil apresentou ontem na 17ª Subdivisão Policial (SDP), dois envolvidos no caso da gestante carbonizada, encontrada na Estrada do Rio Bom, em Apucarana. O corpo da vítima, reconhecido através da arcada dentária, é de Ana Paula Alves Pires, 17 anos, desaparecida em Jandaia do Sul. O ex-namorado dela, José Adriano Silva Neto, 23 anos, casado e pai de dois filhos, confessou ter matado a jovem, porque não queria assumir a paternidade da criança. Para executar o crime, ele contou com a ajuda do amigo Fabiano Lino de Souza, 22 anos.

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De acordo com a polícia, os suspeitos planejaram o crime 15 dias antes da execução. Neto teria combinado um encontro com Ana Paula, próximo a um bar em Jandaia do Sul, com a desculpa que conversaria sobre a gravidez. No trajeto, Fabiano entrou no carro, assumindo a direção.


“José Adriano passou para o banco traseiro. A partir desse momento começou a asfixiar a vítima. Ele teria usado um pedaço de fio para terminar o estrangulamento”, detalha o delegado adjunto da 17ª SDP, Gustavo Dante.

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Segundo o delegado, a dupla planejava enterrar Ana Paula em meio à mata, nas proximidades da Estrada do Rio Bom. Para tanto, eles levaram uma picareta e uma cavadeira - apreendidas pela polícia -, mas como terra estava muito firme abandonaram o plano original. Os suspeitos ainda pensaram jogar o corpo no rio, mas resolveram atear fogo para cobrir as pistas.


Apesar da confissão, o delegado José Aparecido Jacovós, chefe da 17ª SDP, pretende reconstituir o crime para obter provas técnicas e periciais antes de encerrar o inquérito. “Não há mais dúvidas sobre a autoria, pois ambos confessaram o crime. No entanto, é preciso reunir material técnico para que esses criminosos sejam julgados e condenados”, reitera.


A mãe de Ana Paula, Sandra Rodrigues, estava na delegacia no momento da apresentação da dupla. De acordo com ela, Ana Paula se relacionou por três meses com Neto. “Ele separou da esposa e se envolveu com minha filha. Veio em casa pedir ela em namoro. Depois largou dela e ainda pediu para ela abortar. Por isso, quando vi a foto na internet não tive dúvidas que era a minha filha que estava desaparecida. Eu sabia que ele não queria a criança”, conta.

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O reconhecimento ocorreu por meio da arcada dentária através de prontuário fornecido pelo consultório odontológico da vítima. O Instituto Médico Legal (IML) colheu material genético de Sandra para confirmar a identificação através do DNA.


Suspeitos negam agressão à vítima


Em entrevista à reportagem, José Adriano Silva Neto confirmou ter planejado e cometido o crime. Ele alegou que vinha sofrendo ameaças da vítima. “Ela dizia que ia tirar tudo que eu tinha. Agora não consigo nem pregar o olho a noite com medo do que pode acontecer comigo. Estou muito arrependido”, diz.
Já o comparsa, Fabiano Lino de Souza, alega não ter participação na morte de Ana Paula. “Eu só dirigi o carro. Foi um minuto de bobeira. Não ajudei a matar a moça”.


Ambos contestam o laudo preliminar do IML que identificou diversas fraturas nas pernas, costelas e cortes superficiais no rosto e abdômen de Ana Paula. “Matei ela enforcada. Não teve espancamento e nem facada”, reitera Neto.

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A jovem foi morta na noite da última quinta-feira e o corpo foi encontrado no dia seguinte. O desaparecimento da adolescente logo levantou suspeitas sobre o ex-namorado da jovem.


“Verificamos contradições e diante das evidências José acabou confessando o crime e revelando a participação do comparsa”, conta o delegado adjunto Gustavo Dante. Os dois estão presos no Minipresídio, por sua segurança, em celas separadas dos demais detentos. Ambos devem responder pelo crime de sequestro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.


A família de Ana Paula tenta agora liberar o corpo junto ao IML para sepultá-la. A adolescente deixa um filho de 2 anos.

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