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Perdas no campo levam prefeituras a pedir "socorro"

Para avaliar os efeitos gerados pela frustração da safra agrícola de inverno, em razão das chuvas e fortes geadas que atingiram o Vale do Ivaí, secretários municipais, agrônomos e representantes das cooperativas e entidades sindicais da região de Ivaiporã

Da Redação

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Perdas no campo levam prefeituras a pedir  "socorro"
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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.08.2013, 07:45:00 Editado em 27.04.2020, 20:26:23
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Para avaliar os efeitos gerados pela frustração da safra agrícola de inverno, em razão das chuvas e fortes geadas que atingiram o Vale do Ivaí, secretários municipais, agrônomos e representantes das cooperativas e entidades sindicais da região de Ivaiporã estiveram reunidos ontem, na regional da Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).

Após analisarem os prejuízos com a situação anormal, eles propuseram que às prefeituras de Arapuã, Jardim Alegre, Faxinal, Ariranha do Ivaí, Lunardelli, Lidianópolis e Ivaiporã decretem situação de emergência. A proposta também será discutida em nível regional pela Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi). Com o estado de emergência é possível conseguir recursos estaduais ou federais para que os prejuízos sejam amenizados.

Estimativas
preliminares da Seab regional indica que os prejuízos apenas com café, trigo e milho devem passar de R$ 120 milhões. De acordo com o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Sérgio Carlos Empinotti, a situação do clima ocasionou o congelamento nas lavouras e pastagens, afetando a produção agrícola e pecuária de todos os 22 municípios da área de abrangência da regional de Ivaiporã.

“Nesse momento necessitamos que seja decretado o estado de emergência para que o produtor possa ser respaldado pelos órgãos de governo, para recuperarem o mais rápido possível os prejuízos”. Conforme dados do Deral, foram perdidos na área de abrangência da regional do Deral 80% da produção do trigo e 25% de milho safrinha. As perdas com a cultura do café são de 100% nas colheitas dos próximos três anos. Também ocorreram prejuízos na fruticultura, hortaliças e pastagens.

Carlos Gil, prefeito de Ivaiporã e presidente da Amuvi, diz que vai levar a proposta para os demais prefeitos da associação. Ele relata que a agricultura é a principal fonte de geração de emprego e renda na região, composta primordialmente por trabalhadores rurais e agricultores. “A quebra da produção foi grandiosa e trará efeitos prejudiciais a todos os setores da economia. Sou totalmente favorável ao decreto de emergência”, assinala.

Lourival Góes, presidente do Sindicato Rural Patronal de Ivaiporã, espera que as prefeituras lancem mão da legislação vigente e decretem o estado de emergência. “Não estamos pedindo perdão de dívidas, mas queremos o estado de emergência para que o produtor possa negociar melhor as dívidas junto às cooperativas e bancos”, afirma.

O secretário de Agricultura de Arapuã, Deodato Matias conta que no município dele, a maior perda foi na triticultura. “Primeiro foram os problemas com as chuvas que já tinha prejudicado as lavouras de trigo, depois veio à geada e acabou com toda a esperança do produtor. Por isso, precisamos de condições para que no ano que vem eles possam ter recursos para continuar plantando essa cultura no Brasil”, ressalta.

CONAB

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ontem que avaliar os efeitos das geadas nas lavouras de trigo do Paraná. Segundo o diretor de Política Agrícola e Informações, Sílvio Porto, a análise vai começar na segunda-feira.

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