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Tráfego intenso de caminhões gera debate após tragédia

As ruas do centro de Apucarana são, há anos, rota do transporte de cargas pesadas. A má sinalização, somada ao tráfego intenso de caminhões em áreas acidentadas e inclinadas, aumentam o risco de acidentes como a tragédia que vitimou duas crianças, anteont

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.07.2013, 08:40:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:18
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As ruas do centro de Apucarana são, há anos, rota do transporte de cargas pesadas. A má sinalização, somada ao tráfego intenso de caminhões em áreas acidentadas e inclinadas, aumentam o risco de acidentes como a tragédia que vitimou duas crianças, anteontem. No mesmo dia uma carreta carregada com combustível e um caminhão baú apresentaram problemas semelhantes na Vila Regina e área central, porém, ninguém se feriu.

A Rua Clotário Portugal – na altura do cruzamento com a Rua Gonçalves Dias – ficou conhecida pelos caminhoneiros como um trecho problemático. Apesar de oficialmente o trecho ser proibido para caminhões, o tráfego é intenso de veículos pesados e não há fiscalização coibindo a prática.

“Passo aqui todos os dias e sempre tem uma carreta quebrada. Não há sinalização de descida perigosa”, afirma o caminhoneiro Geovane Belmiro. A placa que indica o semáforo, instalado no acesso à Avenida Minas Gerais, também causa vários transtornos. O aviso está posicionado logo após a subida pegando muitos condutores de surpresa. “Eu que já conheço viro a esquerda para não ter problemas no semáforo”.

A sinalização deficitária também leva muitos condutores a se perderem na cidade. “Na entrada de Apucarana não existe placas indicando onde os caminhões podem trafegar. Muitos acabam se perdendo e passando por locais proibidos”, diz o caminhoneiro Valdenir Belmiro.

Outro ponto bastante criticado é o cruzamento das ruas Galdino Gluck Junior e Munhoz da Rocha, no centro. Durante o dia é possível flagrar carretas bitrem carregadas passando pelo local. O tráfego é permitido no local, porém, até mesmo os caminhões menores e carros baixos apresentam problemas para trafegar no trecho, segundo moradores, por conta de um semáforo instalado em aclive. “Moro nessa rua e já presenciei muitos motoristas em apuros após a instalação do semáforo. Muitos veículos quebram ali, pois estão muito pesados e não conseguem arrancar. Uma vez precisei calçar as rodas e uma carreta bitrem para impedir uma tragédia”, conta o comerciante Lauro Gomes.

O trecho também não possui placas indicando a presença do semáforo. Apenas de advertência sinalizando áreas escolares. “É preciso desviar todo esse trafego e deixar apenas da linha de ônibus circular”, observa a professora Flora Fonseca, moradora da Rua Munhoz da Rocha.

MELHORIAS - O vice-prefeito e secretário de obras, Sebastião Ferreira Martins Junior, o Júnior da Femac, afirma que readequações estão sendo providenciadas através da sincronização de placas e semáforos, além de pinturas de faixas. Para ele, os problemas enfrentados atualmente são reflexos da irresponsabilidade de gestões anteriores. “Apucarana ficou 12 anos sem atualizar seu sistema viário”, afirma reiterando que o tráfego pesado deve passar obrigatóriamente pelos contornos Norte e Sul de Apucarana.

O sargento Daniel Rodrigo de Souza, relações públicas do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), afirma que fiscalizações são realizadas pontualmente. No entanto, ele frisa que a corporação é guiada pela sinalização para aplicar multas de trânsito. “A sinalização está deficitária, ainda que os motoristas tenham obrigação de saber se seus veículos têm condição de passar pelos trechos”, destaca.

A prefeitura também estuda desviar o tráfego de veículos pesados com a criação do Contorno Leste. “O projeto pretende criar um anel viário tirando o tráfego de caminhões da cidade. Isso demanda estudos e alguns anos. Porém não traz de volta a vida das crianças”, lamenta o prefeito Beto Preto.

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