Um homem de 35 anos que foi absolvido da acusação de homicídio em júri popular realizado no dia 14 de maio, no Fórum Desembargador Clotário de Macedo Portugal, da Comarca de Apucarana, foi assassinado com dois tiros no rosto, por volta das 19h25 de sábado (25), no distrito de Sete de Maio, no município de Cambira.
Segundo a Polícia Militar (PM),Edimy Anderson Faria, de 35 anos, foi ferido por seis projéteis de arma de fogo: dois nas costas, um rosto e três nos braços, conforme necropsia realizada no IML de Apucarana. Segundo testemunhas, os tiros foram disparados por um homem que fugiu em um veículo VW Gol de cor prata, dirigido por uma pessoa que o aguardava próximo ao local do crime. O homicídio ocorreu no Bar do Baiano, na Rua Penápolis, em Sete de Maio, no distrito de Cambira.
Embora o bar estivesse cheio, as testemunhas disseram que somente ouviram os disparos e em seguida perceberam a vítima caída. O local do assassinato foi isolado até a chegada da Polícia Civil.
Após levantamento de praxe, o corpo de Edimy foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para exame de necropsia. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a autoria do homicídio.
Júri e absolvição - No dia 14 de maio deste ano, Edimy Anderson Faria foi julgado e absolvido por maioria absoluta de votos. Ele era acusado de ser o autor do homicídio que vitimou Célio Aparecido da Rocha. O crime ocorreu por volta de 1h30 da madrugada de 29 de junho de 2008, na Avenida Brasil, no centro da cidade de Cambira, quando a vítima tinha 27 anos. Os dois teriam se desentendido pouco antes e acabaram encaminhados à delegacia, mas foram liberados instantes depois.
Poucas horas depois, vítima e autor do crime voltaram a se encontrar no centro de Cambira e discutiram durante a cobrança de uma dívida de R$ 80 que Faria tinha com Rocha, que na sequência teria tomado o celular da companheira do autor do crime.
Conforme a defesa, Rocha teria inclusive partido para cima de Faria após se apoderar do celular, mas o réu sacou uma faca e aplicou cerca de 10 golpes na vítima, que já tinha passagem pela polícia por envolvimento em roubo, tentativa de homicídio e assassinato ocorrido em Cambira, chamado de "crime da linha"."
Como Cambira (assim como Novo Itacolomi) integra a Comarca de Apucarana, o julgamento foi realizado no Fórum Desembargador Clotário de Macedo Portugal.
Na ocasião sessão do Tribunal do Júri foi presidida pelo juiz Oswaldo Soares Neto, diretor do fórum de Apucarana, e a acusação esteve a cargo do promotor Evandro Del Agnelo. Na defesa atuou a advogada Emília Nakadomari. O próprio representante do Ministério Público (MP) pediu a absolvição do réu.
Após o júri e a absolvição, Edimy Faria retornou para o município de Cambira, onde viveu por mais 12 dias até ser assassinado na noite de sábado (26).
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