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Merenda é racionada nos colégios da rede estadual de Apucarana

Diversos itens da merenda escolar nas escolas estaduais de Apucarana estão em falta. Alimentos importantes, como arroz, feijão, macarrão e óleo, não tiveram seus estoques renovados. Com isso, diversos colégios recorrem aos alimentos do programa Agricul

Da Redação

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João Luiz Calegari, diretor do Colégio Estadual Nilo Cairo, mostra estoque de comida do estabelecimento: prateleiras vazias | Foto: Delair Garcia
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João Luiz Calegari, diretor do Colégio Estadual Nilo Cairo, mostra estoque de comida do estabelecimento: prateleiras vazias | Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.04.2013, 08:02:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:33
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Diversos itens da merenda escolar nas escolas estaduais de Apucarana estão em falta. Alimentos importantes, como arroz, feijão, macarrão e óleo, não tiveram seus estoques renovados. Com isso, diversos colégios recorrem aos alimentos do programa Agricultura Familiar ou mesmo a outras escolas em melhor situação para diversificar a alimentação dos alunos.

João Luiz Calegari é diretor do Colégio Estadual Nilo Cairo. Ele explica que boa parte da merenda escolar está comprometida. “O Governo Estadual mandou uma cota emergencial no início do período letivo. O que temos é daquela primeira cota ainda, não houve reposição. Estamos dependendo muito dos produtos da agricultura familiar”, afirma, referindo-se ao programa de aquisição de itens frescos diretamente de produtores da região. Na tarde de ontem, a merenda foi constituída apenas de milho verde cozido.

O problema, segundo Calegari, é que os principais itens da alimentação estão em falta. “Chegou carne na semana passada e temos bastante quiabo, mas não tem arroz e feijão. Não posso dar só carne para as crianças. Como vou servir só quiabo?”, questiona.

Com a despensa praticamente vazia, a merenda vem sendo racionada. O diretor estima que, se as refeições fossem oferecidas normalmente, o estoque acabaria em três a cinco dias. “A merenda escolar é uma forma de distribuição de renda. Alunos falam que só comem na escola porque em casa não tem comida. É uma situação difícil”, diz. Cerca de 1,4 mil refeições diárias são servidas no Nilo Cairo, que é o maior colégio estadual da cidade.

REMANEJAMENTO
O diretor do Colégio Estadual Santos Dumont, Edson Plath, confirma que também espera pela reposição. “Alguns itens acabaram, como arroz, feijão, macarrão e óleo. Estamos esperando agora a chegada da segunda cota de merenda”.
Ele afirma que a merenda de outros colégios em melhores condições precisou ser remanejada para o Santos Dumont. “O problema é que, como a situação está problemática não só aqui, alguns itens estão em falta geral mesmo, como o arroz”, diz Plath. Cerca de 900 refeições são oferecidas no local todos os dias.

No Colégio Estadual José de Anchieta a situação é a mesma. Um funcionário da administração do colégio, que preferiu não se identificar, relatou a falta de arroz, feijão, óleo e açúcar na instituição. “Estamos recebendo parcelas da cota da merenda. Um dia chega carne, no outro chega biscoito e por aí vai. Mas essas entregas parciais não são suficientes para suprir a demanda”, explica ele.

Ana Carolina Mardegan é estudante do sexto ano do ensino fundamental. Ela afirma ter percebido uma diminuição na variedade da comida servida. “No começo do ano, a merenda era melhor, tinha mais coisas. A gente comia melhor”. Vitória Ferreira de Sousa, também do 6º ano, concorda. “Falta mais coisas. Hoje mesmo só tem milho. Podia ter um lanche melhor”.

SOLUÇÃO
De acordo com a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, Maria Onide Balan Sardinha, a Secretaria Estadual da Educação (Seed) está ciente e deve sanar o problema em breve. “Existem questões na distribuição da merenda que ainda precisam ser resolvidas. A merenda existe e deve chegar ao Núcleo Regional nos próximos dias, para então ser distribuída aos colégios”.

Segundo ela, o problema é maior em colégios que ofertam atividades complementares no contraturno, como o Projeto Mais Educação, do Governo Estadual.

Alguns colégios até cogitam a hipótese de suspender o Mais Educação por algum tempo, caso do Colégio Estadual Nilo Cairo. “Já enviei até um ofício para a Secretaria, informando do problema. Os alunos do Mais Educação almoçam na escola, daí o problema mais grave ser com eles. Precisamos que o governo envie comida ou verba para que possamos comprar por conta”, afirma o diretor, João Luiz Calegari.

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