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Chuva preocupa produtores do Vale do Ivaí

Os produtores de milho e soja do Vale do Ivaí já começam a mostrar apreensão por causa da ocorrência de chuvas continuadas desde o início de fevereiro na região. Com a proximidade da colheita, a alta umidade pode gerar irregularidades na maturação das

Da Redação

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Chuva já preocupa produtores do Vale do Ivaí
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Chuva já preocupa produtores do Vale do Ivaí
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.02.2013, 10:56:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:09
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Os produtores de milho e soja do Vale do Ivaí já começam a mostrar apreensão por causa da ocorrência de chuvas continuadas desde o início de fevereiro na região. Com a proximidade da colheita, a alta umidade pode gerar irregularidades na maturação das lavouras, causando sérios problemas na padronização dos grãos, principalmente na área de cultivo próxima ao município de Ivaiporã.

Segundo informações do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), ainda deve chover até sábado entre 55 milímetros e 90 milímetros. “O que não é bom, principalmente para os produtores de milho que semearam uma variedade precoce e já estão com as lavouras no ponto de colheita e também para alguns sojicultores que fizeram a dessecação antes do período chuvoso”, informa o engenheiro agrônomo da Coamo, Fernando Mauro Soster.

Segundo ele, no momento as perdas são pequenas, já que poucas lavouras estão em fase de colheita. “Estamos calculando uma área de 1% a 2% em ponto de colheita e que pode ser mais prejudicada no caso de continuidade da chuva nos próximos dias”, ressalta. Ele explica que a soja dessecada pode sofrer mais, já que acontecem fissuras nas vagens e, com isso, suportam por um período menor o excesso de água, podendo brotar mais rápido. No caso do milho precoce, já é possível ver algumas lavouras com a base das espigas brotando. “Nesses casos, o produtor já começa a ter perdas no peso e na qualidade do produto”, explica Soster.

Outro complicador também está sendo verificado nos grãos de variedades semeadas mais tardiamente que necessitam de pulverização para o controle de pragas. Segundo o agrônomo, os agricultores estão encontrando muitas dificuldades para a entrada de máquinas na lavoura por causa do solo úmido. “Nós não estamos conseguindo os tratos devidos da lavoura. Estamos tendo problemas de ataques de percevejo e os produtores não estão conseguindo fazer as pulverizações”, assinala. Conforme ele, a expectativa é que a partir de domingo as precipitações cessem e os produtores tenham uma trégua de pelo menos uma semana para fazer os tratos necessários.

Além do clima, existe ainda a preocupação dos produtores que fizeram contratos de venda antecipada e podem sofrer penalidades caso o produto seja entregue com atraso. De acordo com o gerente da unidade da Coamo de Ivaiporã, Valdemir de Paula Barbosa, esse não será um problema do associado da cooperativa. “Não acreditamos que o clima atrase a colheita. Mas, caso isso aconteça, os produtores podem ficar tranquilos. A diretoria vai trabalhar de forma que não prejudique os cooperados”.

FERRUGEM ASIÁTICA
Outro problema que deve começar a preocupar os produtores da região é o registro de focos de da ferrugem asiática. Ontem, a Coamo fez a primeira comunicação ao Consórcio Anti-Ferrugem de dois casos. “Nós localizamos esses focos bem adiantados na beira de postes e árvores. São locais onde os pulverizadores tiveram dificuldades de atingir a plantação. Por isso, estamos alertando para que os agricultores fiquem atentos. Assim que tiverem condições, façam o monitoramento e o trato da lavoura”, completa.

Ele explica ainda, que a preocupação com a Ferrugem Asiática deve ser constante, já que em uma semana a doença pode desfolhar uma lavoura inteira. O sucesso contra a doença se deve ao monitoramento abrangente e diário, principalmente na época de maior umidade. “É importante realizar, no mínimo, duas vistorias por semana. Em caso de dúvidas, as folhas coletadas devem ser enviadas para os laboratórios”, explica Soster.

O produtor não pode esquecer que toda aplicação deve ser recomendada por um profissional e as doses indicadas pelo fabricante devem ser respeitadas.

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