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Mãe procura filho que saiu de casa há 10 anos

Alzira Canella de Moura vive à procura de seu passado há quase 10 anos. Moradora de Londrina, ela está há uma década em busca de informações que a levem a seu filho, Glauco Luciano de Moura, que saiu de casa sem motivo aparente no outono de 2003. Até h

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.12.2012, 15:22:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:32
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Alzira Canella de Moura vive à procura de seu passado há quase 10 anos. Moradora de Londrina, ela está há uma década em busca de informações que a levem a seu filho, Glauco Luciano de Moura, que saiu de casa sem motivo aparente no outono de 2003. Até hoje, a única pista que Alzira recebeu veio de uma mulher que afirma ter visto Glauco em Apucarana.

Bonito, inteligente e educado. Essas são algumas das características usadas por Alzira para descrever o filho, que hoje estaria com 46 anos. “Ele sempre se destacou. Já havia sido até chamado para trabalhar como modelo, mas ele dizia que não era para ele. O Glauco era muito inteligente, era ex-militar e chegou inclusive a passar em diversos concursos”, destaca ela.

No entanto, apesar de ser aprovado nas provas teóricas, Glauco não passava pelas provas médicas. “Quando ele era aprovado e ia fazer o exame médico, não passava. Diziam que ele era muito agitado e não estava apto ao trabalho”, conta Alzira.

Foi então que os problemas começaram. Glauco começou a ter dificuldades em encontrar emprego, o que foi deprimindo-o cada vez mais. A situação piorou com a perda do irmão mais novo, em um acidente de trânsito em 2002.
Meses após o acidente fatal, Glauco disse à avó que sentia vergonha de, então com 36 anos, ainda ser dependente dos pais. “Ele conversou com a avó, disse que não gostava de ter que ficar pedindo dinheiro para os pais. Mas para mim nunca disse nada”, conta Alzira. Semanas depois, Glauco desapareceu.

Documentos, algumas peças de roupa, um livro mórmon e uma Bíblia. Com apenas esses itens em uma mochila, Glauco foi embora, no dia 30 de abril de 2003. Não avisou ninguém, não deu satisfações, não deixou nada para trás. “Ele tinha uma espiritualidade muito grande e gostava de ajudar as pessoas, por isso levou o livro mórmon e a Bíblia. Ele não levou nenhum dinheiro”, conta a mãe.

A partir daí, a busca se iniciou. Alzira e a família fizeram de tudo para tentar achar o paradeiro de Glauco. Até um investigado particular foi contratado. Mas nada obteve êxito.

Até que uma centelha de esperança surgiu. Poucos meses após o desaparecimento, a foto de Glauco foi transmitida em uma TV de Londrina. No dia seguinte, uma mulher de Apucarana entrou em contato com a família Moura. “Essa moça disse que falou com ele na Praça Mauá, perto da estação de trem de Apucarana. Pela descrição dela, acredito que era o Glauco mesmo”, afirma Alzira. Após essa informação, a família fez inúmeras viagens para Apucarana, na esperança de encontrar o filho desaparecido. No entanto, nenhuma outra pista foi recebida.

A busca, a indecisão e a falta de informações extenuaram a família. O pai de Glauco adoeceu e acabou falecendo, assim como a avó. “O choque foi muito grande para a família. Ninguém conseguiu se recuperar. Agora estou sozinha, e o Glauco não sabe que o pai e a avó faleceram”, lamenta a mãe.

Apesar do tempo, as esperanças de reencontrar Glauco ainda seguem vivas. Alzira ainda mora no mesmo bairro de 10 anos atrás e mantém o mesmo número de telefone, para caso o filho quiser voltar ou entrar em contato. “O pior é quando chove ou quando faz frio. Não sei onde ele está, se está bem, se tem um abrigo”.

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