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Colégio é pioneiro no tempo integral em Apucarana

A meta da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed) é implantar, de forma gradativa, a educação em tempo integral em 500 escolas da rede até 2014. Atualmente, apenas cinco instituições de ensino estadual aderiram ao projeto, sendo duas

Da Redação

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Laboratórios bem equipados auxiliam no reforço pedagógico
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Laboratórios bem equipados auxiliam no reforço pedagógico
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.06.2012, 18:02:00 Editado em 27.04.2020, 20:42:33
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A meta da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed) é implantar, de forma gradativa, a educação em tempo integral em 500 escolas da rede até 2014. Atualmente, apenas cinco instituições de ensino estadual aderiram ao projeto, sendo duas em Curitiba, duas em Francisco Beltrão e uma em Apucarana. O Colégio Estadual Antônio dos Três Reis de Oliveira, localizado no Núcleo Habitacional Djalma Mendes, na região norte da cidade, é o pioneiro no Estado na modalidade pedagógica. O ensino em tempo integral na unidade teve início desde sua inauguração em 2010. Na rede municipal, a modalidade foi inserida em 2001.

A superintendente de Educação da Seed, Merogi Cavet, diz que não existe um calendário com uma meta fixa para as escolas estaduais aderirem ao contraturno. “Não queremos forçar a implantação do sistema. É a escola que vai dizer junto com a comunidade escolar se tem interesse e condições para aderir ao sistema”, diz. A proposta, segundo a superintendente, é a ampliação da jornada escolar para todos os alunos, com um currículo integrado. “A intenção é proporcionar oportunidade de formação e enriquecimento a partir da integração dos conhecimentos”, diz.E

la explica que, além da aceitação da comunidade escolar e da estrutura física, a direção da escola precisa apresentar um projeto político-pedagógico com as atividades curriculares integradas. “Todas as propostas têm que ser desenvolvidas por professores da rede estadual de ensino, observando sempre a necessidade da comunidade local, porque cada escola tem um perfil único”, assinala. A superintendente observa que as atividades também podem ser administradas por voluntários ou professores do quadro do Processo Seletivo Simplificado (PSF). “A proposta pedagógica precisa considerar as habilidades dos professores da rede, para não ter a atividade iniciada não seja interrompida”, afirma.

Para que os professores consigam atender a esta nova dinâmica de educação, Merogi garante que os educadores passam por um processo de capacitação. “A Seed está direcionando os 25% destinado à Educação de acordo com as necessidades para implantação do sistema. Neste primeiro momento, a estrutura física tem recebido uma atenção especial”, diz.

Antes de aderir ao ensino em tempo integral, quando o aluno passa no mínimo sete horas na escola, algumas instituições optam pelo contraturno, como o Mais Educação, que está presente em 340 escolas. Outras 1,8 mil escolas desenvolvem de atividades extracurriculares com apoio de empresas privadas e do governo federal.
A chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, Maria Onide Ballan Sardinha, observa que as escolas pedem primeiro o Mais Educação para depois aderirem a educação em tempo integral. Segundo ela, duas escolas da região já demonstração interesse em aderir à proposta pedagógica, o Colégio Estadual César Lattes de Cambira e Unidade Polo de Jandaia do Sul. “Geralmente, fazem o contraturno primeiro para adaptação para depois seguir com a implantação direta”, observa.

Maria Onide comenta que o currículo escolar, neste caso, é diferenciado. “As disciplinas básicas são intercaladas com as complementares, para não sobrecarregar o aluno ou ter a ideia que depois de determinado horário não tem ‘aula’”, explica. Para o próximo ano letivo, ela revela que 18 escolas já enviaram propostas para aderir ao Mais Educação. Atualmente, quatro escolas do NRE participam do programa.


Equipamentos reforçam aulas no segundo semestre

O diretor do Colégio Antônio dos Três Reis Luís Faveri e a vice-diretora Melissa Cardoso estão confiantes mesmo é com o segundo semestre. “A partir de julho vamos realmente ter as melhores condições para desenvolver o ensino em tempo integral”, acredita.

Em uma das salas do colégio ele mostra o motivo da animação. Centenas de caixas guardam uma série de instrumentos musicais e esportivos que chegaram para a instituição. “Vamos ter até tatame para as aulas de karatê e mesa para tênis de mesa”, conta. No espaço também têm dezenas de cavaletes para as aulas de arte.
Faveri está confiante que o resultado virá no resultado da nota da prova do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Ainda não fizemos a prova porque atendemos alunos do 6º ao 8º e a prova é aplicada aos alunos do 9º ano”, explica.

Além da parte pedagógica, ele observa também que a merenda escolar é de qualidade. “Os alunos fazem quatro refeições por dia no colégio. Seguimos o cardápio feito pela nutricionista”, afirma.


Escola Antônio dos Três Reis iniciou sistema em 2010


Planejado para ser o mais moderno do Paraná, o Colégio Antônio dos Três Reis de Oliveira, não tem apenas a estrutura diferenciada, a matriz curricular também segue uma linha inovadora. Os 315 alunos matriculados passam nove horas dentro da instituição. Até o ano passado ficavam sete horas, mas a matriz curricular foi alterada. Agora chegam às 7h30 e saem às 16h30. Este período é direcionado para o aprendizado de 19 disciplinas.A

lém das básicas, na matriz consta Teatro, Dança Moderna, Musicalização, Xadrez, Iniciação ao Desporto, entre outras. O diretor Luís Faveri observa que os alunos com dificuldade nas disciplinas básicas têm sala de apoio. “As dúvidas são esclarecidas na hora”, garante. Ele faz questão de mostrar o laboratório de ciências. “A estrutura é ótima. Temos quadro microscópios novos e espaço para os alunos participarem das aulas”, garante. Para as aulas de geografia, eles também podem ir ao laboratório e observar as diferentes rochas de cada período geológico.

As aulas de Matemática também não acontecem apenas em sala. Os alunos vão para o laboratório da disciplina, onde o mito de aula difícil é quebrado. “Com os jogos fica muito fácil aprender”, garante a aluna Jéssica dos Santos Rocha, 11 anos.

Tainara Raíssa Cassiano de Oliveira, 13, aprendeu com o teatro a trabalhar com as emoções. “Já não sinto tanta vergonha durante as apresentações de trabalho”, diz. A colega Janaína Silva, 14, também diz que passou a ser mais tranquila depois das aulas com a professora Maria da Penha Campana. “Trabalhamos com o desenvolvimento da emoção, de concentração, todos os elementos que precisam para acontecer à arte. É através da brincadeira que vão se desenvolvendo e desinibindo”, diz.

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