Foi depois de lutar e vencer uma batalha contra um câncer que a comerciante Marcela Valéria Magon, 38 anos, de Novo Itacolomi, decidiu apostar nos recursos da ciência para tentar assegurar o tratamento de doenças futuras junto à sua família. Grávida do terceiro filho, ela escolheu coletar as células-tronco presentes no cordão umbilical do caçula que estava por vir, no momento em que daria à luz ao bebê. O procedimento, segundo a empresa que assessorou Marcela, está se tornando cada vez mais popular na região.
Nicolas nasceu com 3,5 kg no Hospital da Providência Materno Infantil, em Apucarana, no final de semana passado. A missão do menino, relata a mãe, já havia sido planejada antes mesmo da concepção do bebê. “Foi uma gravidez planejada, tanto que fiz laqueadura depois do parto. Já estava pensando na coleta do material para uso no futuro”, assinala Marcela. Ela afirma que foi a primeira gestante de Novo Itacolomi a procurar o serviço de armazenamento das células-tronco. No entanto, mesmo com o planejamento, a descoberta de uma empresa que coletasse o material só aconteceu durante a gravidez, por acaso. “Estava no consultório do meu médico quando vi um folheto de uma empresa especializada. Tirei algumas dúvidas com o obstetra e entrei em contato com o centro de criogenia”, conta.
O que mais atraiu Marcela no processo foi a possibilidade de manter o material coletado congelado por tempo indeterminado e utilizá-lo de acordo com as necessidades da família. Ao se multiplicarem, as células-tronco têm a capacidade originar todos os tipos de células que formam os diferentes tecidos do corpo humano. Hoje, já se pode promover a recuperação de órgãos a partir disso. No futuro, cientistas esperam recuperar órgãos inteiros através das células-tronco.
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