A Polícia Civil do Paraná divulgou nesta semana o índice de homicídios dolosos e os crimes solucionados nos dois primeiros meses deste ano. Na região de Curitiba, 60,27% destes crimes foram elucidados. O resultado é apontado como bom pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Em Apucarana, apenas metade dos quatro homicídios registrados estão apontados como solucionados pela Polícia Civil, ou seja, as autorias dos crimes foram descobertas. No ano passado, 61% dos homicídios foram resolvidos, um índice também longe do ideal e abaixo da média do interior.
De acordo com a Divisão Policial do Interior (DPI), dos 32 casos de homicídios dolosos registrados neste ano no interior do Estado nos dois primeiros meses deste ano, 21 foram solucionados – um percentual de 66%. Em 2011, o percentual superou os 77% (dos 119 assassinatos, 92 foram solucionados).
Uma das subdivisões policiais com maior percentual de casos resolvidos é a de Ponta Grossa, que elucidou seis (86%) dos sete homicídios dolosos registrados nos dois primeiros meses de 2012. Oito suspeitos foram presos. Na região de atuação da SDP de Ponta Grossa houve uma redução de 27,7%. no número de homicídios, de 143 em 2010 para 104 em 2011
Já em Apucarana, de acordo com a 17ª Subdivisão Policial (SDP) dois dos quatro assassinatos praticados neste ano estão elucidados e um dos envolvidos foi preso. O segundo assassino de um casal, morto no mês passado no Contorno Norte, foi identificado, mas está foragido. “Praticamente temos a investigação dos outros crimes finalizada também”, disse o delegado chefe de Apucarana, Valdir Abrahão.
Na estatística do ano passado 61% dos homicídios foram elucidados, mas nem todos os responsáveis foram presos, porém as autorias são conhecidas. De acordo com a Polícia Civil, dos 21 crimes 13 tiveram investigação concluída. Para o delegado de Apucarana, a resposta policial é um fator de inibição. “Na teoria do direito penal a medida preventiva direta, quando se pune o autor do crime, ele deixa de cometer outro. Por outro lado as pessoas que o veem sendo descoberto e punido inibe”, comenta o delegado.
Apesar disso ele admite que ainda é pequeno o índice punitivo. “Tínhamos que estar com 80% a 90% dos homicídios elucidados, mas não tem sido possível”, afirma o chefe da Polícia Civil em Apucarana. Ele se refere a falta de mais investigadores e o desvio de função dos que estão na ativa, na obrigação de cuidar de presos e fazer escoltas diárias dos encarcerados para audiência no Fórum e tratamento de saúde.
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