Reclamação antiga, problema atual. Jornadas de 20 e 30 horas semanais nos postos de saúde não são seguidas por todos os médicos contratados e credenciados pela rede municipal de Apucarana. Nesta semana, a reportagem da Tribuna foi conferir o atendimento em uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município e constatou que a jornada está longe de ser respeitada.
Posto cheio, pré-consultas realizadas, um dos profissionais deixou a unidade de saúde às 9h30, menos de duas horas depois de começar a atender o público. A clínica geral em atendimento saiu às 11 horas, três horas depois de começar as consultas agendadas para o dia. Segundo a UBS, a média de consultas diárias para cada médico é de 16 e a carga a ser cumprida diariamente, 4 horas.
Os pacientes que quiserem se consultar com os dois médicos precisam, no entanto, enfrentar a madrugada para conseguir atendimento. Na quarta-feira, dia em que a reportagem foi até o posto, quem estava na fila teve que esperar ainda um representante de medicamentos ser atendido pela médica no meio do expediente.
De acordo com a Autarquia Municipal de Saúde (AMS), há um controle da carga horária cumprida pelos médicos concursados através de um sistema de ponto eletrônico. Os únicos que não “bateriam ponto” são os médicos contratados mediante credenciamento de pessoa jurídica. Os concursados, pela regra, deveriam cumprir 6 horas diárias, enquanto os credenciados, 4 horas.
“Esta questão é uma caminhada. Demos um prazo, até abril, para que os médicos concursados se adequem às 6 horas, porque estão conosco há mais tempo. Temos um sistema de ponto e os profissionais recebem proporcionalmente. Quem não ‘bate ponto’, não temos como exigir legalmente a presença, porque se trata de pessoa jurídica”, sustenta a secretária Municipal de Saúde, Cláudia Romagnoli.
Leia a matéria completa na edição deste domingo da Tribuna do Norte - Diário do Paraná
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