Candidato ao governo do Paraná pelo partido Democracia Cristã (DC), Joni Correia afirma que quer ser a voz da direita e da “família cristã” no Palácio Iguaçu. Com um discurso crítico ao atual sistema político, ele defende como uma de suas principais bandeiras o direito do cidadão de se armar como forma de defesa contra a criminalidade. Veja a entrevista abaixo.
Natural de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, Joni Correia vive há 20 anos em Curitiba. É formado em Direito e em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda. Foi professor, consultor e diretor das secretarias de Trabalho e Emprego de Curitiba e da Secretaria de Governo de Foz do Iguaçu.
Segundo ele, a decisão de entrar na vida política ocorreu por acaso. Joni conta que presenciou uma cena em Chapecó, Santa Catarina, de um venezuelano em frente à Polícia Federal (PF) que, desesperado, reclamava que ‘não agiu quando deveria agir’ em determinada circunstância. Logo depois, surgiu o convite para assumir a presidência da Democracia Cristã no Paraná. Joni acredita que aquele foi um “sinal”.
No comando do partido, ele conta que começou a procurar lideranças em defesa da causa da “família cristã” e acabou sendo considerado o nome ideal para concorrer ao governo estadual pelos correligionários.
Ao ilustrar os valores da “família”, Joni cita, no âmbito do cotidiano, os pequenos gestos de educação, como respeito aos idosos, aos deficientes e aos professores. “A família paranaense é de bem. É isso que queremos resgatar”, afirma. No âmbito da administração pública, segundo o candidato, é o profissional com conhecimento técnico e não o comissionado contratado por relações políticas e pessoais.
A minha candidatura representa a possibilidade de o paranaense ter um representante da família de bem, de não precisar votar no menos pior. Eu represento essas pessoas e me considero uma opção muito melhor do que esses que estão aí, tanto na parte técnica quanto moral”
- Joni Correia, candidato
Uma de suas principais bandeiras é o direito do cidadão de adquirir armas para se defender. Ele não vê como uma contradição, já que defende valores “cristãos”. “A legislação já permite. Você pode ter uma arma na sua casa ou no seu estabelecimento comercial. O que estou falando da possiblidade da pessoa que quiser ter uma arma em casa, sem não quiser, é a escolha da pessoa”, diz.
Joni afirma que tem uma arma em casa e que também tem o registro de CAC (colecionador e atirar esportivo). “Eu tenho (arma). Na minha casa, só entra se for convidado, se não for, vai ter problema sério, porque eu sei usar esse equipamento”, diz.
Segundo ele, é fácil comprar uma arma na ilegalidade. “A criminalidade está fortemente armada e o cidadão de bem tem que ficar escondido, colocando grade na sua casa”, diz.
Segundo ele, é uma questão de “legítima defesa”. “Quem mora no sítio e não tem uma arma para proteger a sua família, eu considero uma pessoa irresponsável”, afirma.
O candidato afirma que é um defensor dos clubes de tiro. Caso eleito, ele afirma que esses locais atuarão de forma conveniada com o Estado. Joni afirma que trabalhará para trazer fábricas de armamento e de munição para o Estado. “É claro que você tem que saber utilizar (arma). Não vamos sair distribuindo arma para todo mundo”, diz, acrescentado que o atual governo comprou armas de baixa qualidade para os policiais. “Isso é um absurdo”, assinala.
Ele considera também “inaceitável” que não haja ninguém armado, por exemplo, em uma escola. “Daí entra um vagabundo mata, trafica drogas, e não tem ninguém armado para defender (os alunos e professores). Esse tipo de coisa o paranaense vai ter a tranquilidade de ter essa opção, ter o armamento, a qualificação”, diz, acrescentando que os clubes de tiro serão conveniados como uma espécie de Detran (Departamento de Trânsito) para qualificar o cidadão a usar uma arma. Veja:
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