O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PSDB), não será mais candidato ao governo do Estado nas eleições deste ano, conforme era a sua pretensão inicial de ser uma terceira via na corrida ao Palácio Iguaçu. Agora ele deverá disputar o Senado.
A decisão de não lançar candidato ao governo foi tomada pela cúpula do PSDB numa tímida convenção realizada ontem à tarde na sede da legenda, em Curitiba, e foi anunciada posteriormente em entrevista coletiva à imprensa pela executiva estadual.
A entrada de Silvestri Filho na corrida para o Senado contraria uma negociação que o PSDB vinha tendo com o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) para uma composição neste sentido.
Com isso, a disputa para a única vaga ao Senado deverá ficar mais acirrada caso se confirmem as candidaturas de Cesar Silvestri Filho (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Sergio Moro (União Brasil), Guto Silva (PP), Orlando Pessuti (MDB), Paulo Martins (PL) e Aline Sleutjes (PROS).
Por outro lado, a reviravolta do PSDB aumenta as chances de o governador Ratinho Junior (PSD) ser reeleito ainda no primeiro turno, já que ele passaria a ter como único adversário teoricamente forte apenas o ex-governador e ex-senador Roberto Requião (PT), segundo colocado nas pesquisas eleitorais.
Silvestri Filho, por sua vez, informou que com relação ao governo do Estado o PSDB decidiu pela neutralidade, ou seja, não vai apoiar nenhum dos candidatos. Boa parte dos parlamentares tucanos, porém, tende a apoiar Ratinho Junior.
A convenção tucana reuniu ainda os deputados estaduais Cristina Silvestri (mãe de Cesar Silvestri), Mabel Canto e Michele Caputo Neto, além do deputado federal licenciado Valdir Rossoni.
Da entrevista coletiva ontem, em Curitiba, também participaram o ex-governador Beto Richa, presidente estadual do partido, e o deputado estadual Douglas Fabrício, do Cidadania, partido que tem federação com o PSDB. Fabrício alegou, no entanto, que o Cidadania já havia decidido apoiar a candidatura à reeleição do governador Ratinho Junior, antes mesmo da formação da federação partidária.
Por, Edison Costa
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