O senador Alvaro Dias (Podemos) garantiu nesta quarta-feira (3) em entrevista à imprensa de Curitiba, que será candidato à reeleição. Ele anunciou que sua candidatura deverá ser confirmada nesta sexta-feira, durante a convenção do Podemos do Paraná. Nos últimos dias, Alvaro vinha sendo assediado pelo Podemos para disputar novamente a Presidência da República ou o governo do Estado, porém ele considera não ser conveniente nem uma e nem outra opção no pleito deste ano.
“Minha decisão pessoal é essa. Na minha cabeça já estava definido há tempos”, afirmou o senador. Para Alvaro, não há espaço para uma terceira via para a disputa presidencial. “Nessa eleição, a polarização é inevitável, só um fato inusitado poderia mudar isso. Vejo a consolidação da polarização, e qualquer outra candidatura seria ‘cristianizada’”, explicou.
Sobre a disputa pelo governo do Paraná, Alvaro afirma que o apoio a algum dos candidatos colocados vai depender das alianças que o Podemos fechará no Estado. “Teremos uma candidatura avulsa ao Senado. Mas não ficaremos isolados. Já disputei isolado em 98 e em 2006”, disse.
Segundo ele, as alianças são necessárias diante do pouco tempo que seu partido tem na propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV. “(Apoio ao governo) vai depender do tipo de aliança”, afirmou.
Alvaro também confirmou que o Podemos não terá candidato à Presidência. O partido tem sido assediado pelo MDB para apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MS).
O governador Ratinho Júnior (PSD) já definiu que apoiará a candidatura ao Senado do deputado federal Paulo Martins (PL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O senador vinha hesitando sobre o rumo a tomar, após ficar isolado diante da decisão de Ratinho Jr. Até então, Alvaro esperava ter o apoio do governador e integrar a coligação situacionista. Com a decisão de Ratinho Jr de apoiar Bolsonaro, o candidato escolhido pela coligação governista acabou sendo Paulo Martins.
Como candidato à reeleição, o senador terá que enfrentar o ex-juiz Sergio Moro. Alvaro foi responsável por levar Moro a se filiar ao Podemos em novembro passado, como pré-candidato à Presidência da República. Sem espaço no partido para suas pretensões, Moro acabou migrando em março para o União Brasil, onde também não conseguiu a legenda para tentar chegar ao Palácio do Planalto.
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