A visão de crescimento econômico empresarial contínuo implica em diversas variáveis como: andamento de expansão e controle do processo inflacionário, expansão da renda per capita, expansão com distribuição de renda e da disponibilidade dos consumidores para efetuarem novas compras. Este é um aporte de variáveis importantes para o empresariado que chega ao final de um difícil ano com fortes, fracas, ou reduzidas possibilidades de expansão para novos ciclos futuros.
Na prática, não é somente a taxa de crescimento da capacidade de investimentos privado e estatal – por meio de políticas indutivas – que define o ânimo e o crescimento possível para um próximo ciclo, mas sim o crescimento da demanda, que envolve a expansão da renda e da disponibilidade dos consumidores para saudarem suas dívidas e efetivarem novas compras.
O empresariado em si espera que o ânimo dos consumidores seja renovado e, que eles tenham condições de efetuarem compras no ciclo seguinte, acima das do ciclo anterior, para que a expansão continue se dando e os aspectos de novos investimentos e de alimentação das expectativas positivas possam se processar.
O processo de crescimento regional também depende fortemente, tanto das expectativas dos consumidores em efetivarem novos aportes de compra, como das unidades empresárias em atenderem a essa demanda. Por meio dela, podem realizar novas apostas de investimentos. O desenvolvimento regional também anseia por aspectos de positividade, em relação as tomadas de decisões, tanto dos consumidores quanto do empresariado. Uma retração forte, média, ou baixa, nos aspectos de consumo e demanda, pode fortemente respingar nos aspectos de expectativas de expansão do desenvolvimento local e regional.
Se houver uma crônica tendência de operar-se abaixo da capacidade empresarial instalada, por um longo período, por meio de uma demanda efetiva reprimida e inadequada, os aspectos de expansão e desenvolvimento da economia empresarial, estarão fortemente prejudicados. Ambas as esferas estão fortemente interligadas e respaldadas, pela expansão da renda e do consumo local.
Faz-se necessária urgente retomada de decisões de políticas econômicas indutivas, em seus aspectos macro e microeconômicos, que deem suporte aos aspectos de indução para o crescimento da demanda, com ganhos de eficiência para macro e microrregiões, aumentando a capacidade de utilização produtiva empresarial, impulsionados por um positivo ambiente de negócios.
Quedas bruscas no processo de consumo, e geração de novos empregos e melhorias de renda, ou de depressão podem levar, ou a trazer consigo o retardamento de expansão tecnológica os quais, em ciclos seguintes, poderiam dar novos alentos ao processo de crescimento e desenvolvimento empresarial, local e regional. A carência de expansão, com tendência de crescimento baixo, passa a deprimir aspectos de evolução tecnológica e, por isso, o planejamento que envolve políticas indutivas permanentes - em todos os setores - é importante para assegurar expectativas positivas e avanços em ciclos seguintes.
Quando o processo de expansão e crescimento não se sustenta, outros fatores, como custos de oportunidades, tornam-se mais caros para as empresas, porque estes ou aqueles projetos passam por descontinuidades. A economia, com custos envoltos em expansão inflacionária crescente, pode levar a projetos futuros, em vias de implantação a voltarem para as gavetas, ou a padecerem de inviabilidades totais ou parciais, em função de crescentes avanços de custos e de instabilidades das expectativas positivas.
Deve-se insistir, portanto, em prosseguir numa trajetória de crescimento, ainda que baixo, de forma arrastada, ou a passos lentos, construindo a expansão do crescimento do produto macro e microrregional, prestando apoio à expansão de novos projetos empresariais locais regionais. Verifica-se que os aspectos de políticas macroeconômicas e microeconômicas colaboram em níveis macro, ou microrregionais, para que a taxa de crescimento à frente possa sustentar expectativas positivas, o que fará com que ciclos de projetos futuros sigam sendo decididos de forma positiva, impedindo que se caia na armadilha de um ambiente de estagnação com crescente inflação.
A expansão continuada ainda que lenta, tende a estar demarcada por dois fatores principais: o incremento de recursos e os novos aportes tecnológicos que passam a surgir e a implementar ações, com novos rendimentos. São fatores que auxiliam fortemente na expansão empresarial local e regional e que priorizam acumulação e inovação. Esses são ingredientes importantes que, em níveis macro, regional e local, devem ser alimentados passo a passo e que no longo prazo passarão a ser importantes, para a construção de expectativas positivas de futuros ciclos.
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