Na crise, vive-se um período em que a incerteza campeia, e promove-se uma desestruturação das expectativas positivas empresariais, quando ninguém mais está ganhando dinheiro como antes. Este é, entretanto, um campo fértil para exercitar a criatividade do empreendedor, levar expectativas novas para seu negócio sempre diante das incertezas que teimam em desestruturar os negócios. O triunfo de qualquer atividade econômica exige maturidade, dedicação e perseverança, isso revela a paixão do empreendedor pela sua atividade econômica, ele está sempre em busca de vencer as adversidades, por meio de seu aprendizado e criatividade constantes.
Aqueles que conseguem exercitar sua criatividade passam a entender que modificações de comportamento em sua forma de pensar e agir positivamente têm um importante impacto sobre os negócios, com significativas conquistas, pelo exercício das novas formas de pensar e agir de novos produtos criados ao mercado. Por mais simples que sejam, podem representar o novo esperado pelo consumidor. Empresas que entendem precisar readequar-se às novas formas de demanda exigidas, por força da retração da renda per capita são empresas inteligentes presentes no mercado – com positivos resultados – na alta e na baixa temporada de consumo. Primeiro a empresa precisa sobreviver, depois vai buscar o lucro.
Essas empresas com espírito sempre inovador, assim que o mercado passa a reagir de forma positiva, estão prontas para darem novas guinadas e ampliarem o volume de mercado para novas regiões, sempre verificando sua relação com o consumidor. Assim como o consumidor cognitivamente passa por períodos em sua vida, quando ele prefere um determinado tipo de produto à outro, a empresa precisa ter sabedoria para entender as fases do consumidor e acompanhá-lo nas suas preferências, de acordo com suas possibilidades de renda e restrição orçamentária de cada ciclo.
Muitas empresas com esse novo olhar passam a conquistar posições importantes no mercado; passam a ter produtos que são preferíveis, por um longo período de tempo e até por uma geração ou mais, fruto de um entendimento de sua consciência empresarial com a consciência do consumidor. Isto pode representar o renascimento para muitas empresas, uma nova forma de tocar e gerir os negócios, quando a aproximação entre empresa e consumidor estará sempre em estudo e tende a ser cada vez mais definidora para alguns segmentos de negócios.
A crise frequentemente chega ao empresário como um remédio amargo, mas que pode ser futuramente um trampolim necessário para novas conquistas, para um novo olhar sobre os negócios, sobre a forma de se inter-relacionar com o mercado consumidor e, com seus parceiros de segmentos afins. Às vezes, o empresário sente ter levado uma pancada na cabeça, mas o fato de não ter desanimado e persistir naquilo que faz, o torna resiliente a crises severas e o leva a ultrapassar por períodos inéditos as dificuldades. A conclusão é a de que passar por esses períodos é difícil para o empresário, para o trabalhador e, difícil para as famílias que precisam se ajustar ao seu reduzido orçamento. A única explicação, contudo, que aparece para tamanha teimosia e persistência é o amor do empresário para com a sua atividade – herdada de seus antepassados – a qual desenvolve. É a necessidade de manter o sonho vivo, de construir um império seja ele do tamanho que for e, de continuar a batalhar ao lado daqueles que arduamente estão todos os dias consigo.
Esse amor e dedicação preenche uma grande parte de sua vida e é dele que saem as novas ideias, as novas tentativas e, a nova percepção de inter-relação de empresários e consumidores. Um tentando entender o lado do outro, as necessidades de consumo e, as novas formas de preferências que são processadas pela tecnologia e voltam ao mercado como uma resposta positiva ao consumidor. Esta abertura para o entendimento de nova realidade do mercado está presente a cada dia nas empresas, que vencem as dificuldades de severas crises e conseguem resultados positivos.