'Melhor é Impossível' conta história sobre como as pessoas podem ser melhores

Da Redação ·
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“Você me faz querer ser um homem melhor”. Foto: Reprodução
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'Melhor é Impossível' conta história sobre como as pessoas podem ser melhores
Foto por Reprodução


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Vivemos em uma época enérgica. Pontos de vista, ideais e crenças são defendidos com unhas e dentes, principalmente neste terreno tão hostil chamado internet. Aqui não vemos o rosto por trás do teclado, ou smartphone, não olhamos nos olhos, e isso aumenta ainda mais a chance de sofrermos do famoso "ódio à primeira leitura". Bastou uma palavra com qual não concordamos e pronto. É "ranço" para o resto da vida.


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Cada vez mais cultuamos a nossa casa, nosso mundo particular, nossa solidão. E é por isso que este filme, lançado no verão de 1997, é tão atual e importante para os dias de hoje, pois ele nos mostra que se nos esforçarmos um pouco para entender o outro, se sairmos um pouquinho da nossa zona de conforto, podemos ser melhores. Acredite, se até Melvin Udal conseguiu, você também vai.

'Melhor é Impossível' conta história sobre como as pessoas podem ser melhores
Foto por Reprodução

Dirigido por James L. Brooks, vencedor do Oscar de melhor direção com Laços de Ternura (1984), 'Melhor é Impossível' (As Good as It Gets) é uma comédia romântica de 1997. O filme é estrelado por Jack Nicholson, como Melvin Udal, e Helen Hunt, como Carol Connelly, e conta com Greg Kinnear, como Simon Bishop, e Cuba Gooding Jr., como Frank Sachs, em seu elenco. O longa recebeu sete indicações ao Oscar, levando duas para casa: melhor ator, para Jack Nicholson, e melhor atriz, para Helen Hunt.


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Melvin Udal é um renomado escritor, mas uma péssima pessoa. Seu talento para escrita é proporcional ao quão terrível ele é como ser humano. Misantropo, racista, homofóbico e antissemita, Melvin, para melhorar a situação, sofre de um tipo agressivo de TOC - transtorno obsessivo compulsivo - que o deixa ainda mais isolado do resto do mundo. Porém, tudo começa a mudar quando ele se vê obrigado a cuidar do cachorrinho de estimação de seu vizinho, Simon, depois do mesmo ser assaltado e hospitalizado.

'Melhor é Impossível' conta história sobre como as pessoas podem ser melhores
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Para um homem que segue rigorosos padrões de comportamento diário, um cachorro pode mudar tudo apenas pelo simples fato de estar ali. Mais do que isso, Melvin começa a criar sentimentos pelo cãozinho. E isto é só o começo. Até sua relação com a garçonete do único restaurante que ele frequenta, Carol Connelly, começa a melhorar.


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Aos poucos, o tirano começa a se envolver com as pessoas ao seu redor, tanto Simon quanto Carol, e percebe que ajudar as pessoas faz bem. Para ele e para os outros. Fazendo isso, mudando um pouco de si e sendo mais amável, até ele, que julgava ser impossível, pode ser alguém melhor.


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O longa faz jus a todas as indicações que recebeu. A trilha sonora do sempre ótimo Hans Zimmer é precisa nos pontos fundamentais da trama. O roteiro te leva para lugares inesperados e quebra com frequência o clima, o que funcionou muito bem graças ao problema de Melvin. Tudo isso aliado à sinergia entre Jack e Helen, faz com que o filme ganhe vida. Ele pega na sua mão e te leva para o dia a dia daquelas pessoas comuns e cheias de problemas. Quer coisa mais comum que isso? E é nesses pequenos e valorosos detalhes que o filme te ganha.


'Melhor é Impossível' é um filme amável, que nos faz pensar sobre como agimos não só com as outras pessoas, mas também conosco. Todos nós lutamos nossas próprias batalhas diárias, internas e externas. Por isso, precisamos tratar as pessoas, sendo elas conhecidas ou não, com o melhor que temos. Pode até ser uma utopia, mas precisamos tentar. A meta tem que ser sempre o melhor. Mesmo se, às vezes, melhor for impossível.