No ano de 1822, às margens do rio Ipiranga, dia 7 de setembro, Dom Pedro II pressionado pelas Cortes Portuguesas e pelas elites locais proclamou a Independência do Brasil. Uma data a ser celebrada pelo reconhecimento e estruturação oficial de uma nacionalidade brasileira, um povo que receberia agora o status de viver em um estado soberano. Mesmo que as lutas de Independência, e as negociações para reconhecimento internacional só permitissem uma independência consolidada em 1824 o fato é que o dia 7 de setembro representa o dia da nossa libertação do domínio português.
Uma data que teve sua história atrelada a celebrações públicas de civismo, honras e homenagens aos símbolos nacionais e a própria história do país. Arbitrariamente, nos últimos anos, mais especificamente na segunda década do século XXI, com destaque para o ano de 2021 e 2022, a data comemorativa da nossa libertação do jugo português passou a simbolizar o atraso de uma sociedade governada por políticos que não exitaram em fazer uso dos nossos símbolos nacionais, como a bandeira nacional e a própria camisa da seleção, como forma de manifestação político partidária.
Para além do uso de tais símbolos, paulatinamente estão ocupando nossas celebrações públicas a ponto de gerar uma confusão entre aqueles que vão celebrar o dia da Pátria e aqueles que irão manifestar-se em prol de uma candidatura presidencial. Em meio a confusão, tais lideranças fazem uso dos palanques oficiais, que historicamente foram utilizados para autoridades proferirem discursos, para fazerem campanha eleitoral abertamente.
Nem ao menos nossas celebrações cívicas estão livres de apropriações partidárias de cunho autoritário. Em 2021 os pedidos de fechamento do STF (Supremo Tribunal Eleitoral) deram o tom de algumas manifestações. Veremos o que nos aguarda no dia de hoje.
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