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O homem que testemunhou a emancipação política de Apucarana

Hélio Mercadante tinha 10 anos de idade quando Apucarana foi emancipada e participou do evento

Da Redação

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Hélio Mercadante ao lado do busto do Coronel Mamão
Icone Camera Foto por Louan Brasileiro
Hélio Mercadante ao lado do busto do Coronel Mamão
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.02.2025, 16:21:15 Editado em 03.02.2025, 16:22:36
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Na manhã do dia 28 de janeiro de 1944, o então menino Hélio Mercadante, de apenas 10 anos de idade, passeava pelas ruas de Apucarana em um dia normal e com bastante poeira na cidade, que ainda não tinha asfalto, quando, ao passar pela Praça do Redondo, viu uma multidão em torno de um palanque e foi lá ver o que acontecia.

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Naquele momento, diversas autoridades oficializavam a emancipação política de Apucarana e o menino curioso se tornava uma testemunha da história.

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“No palanque estava o Coronel Mamão, nosso primeiro prefeito. Eu fiquei olhando aquele monte de gente importante, mas, ao que me lembro, eu era a única criança por ali”, lembra Mercadante.

Coronel Mamão era o apelido do primeiro prefeito do município, Luiz José dos Santos. Hélio Mercadante revela que sabe o porque desse apelido.

“O Coronel Luiz José dos Santos era um homem muito grande. Bem alto e bem gordo. Usando paletó, ele realmente parecia um mamão com pernas. Mas ele não gostava desse apelido”, diz.

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Enquanto assistia à emancipação política de Apucarana acontecer, em um dado momento, um homem chama pelo menino, entrega um espeto com bastante carne assada e o manda entregar a seu pai.

“Ali onde é o shopping tinha uma valeta naquele dia e fizeram um churrasco bem grande, que era servido para as pessoas durante o evento. Depois, foram distribuindo o churrasco aos moradores da cidade. Eu me lembro até hoje do sabor daquele churrasco, foi bom demais”, revela.

Aos 91 anos, Hélio Mercadante ainda trabalha no comércio de sua irmã. Mesmo aposentado, ele procura ocupar seu tempo fazendo alguns serviços. Ao longo de sua vida, atuou como vendedor em diversos locais, principalmente no ramo de autopeças.

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Mercadante também é muito conhecido no circuito do esporte amador, sendo um goleiro que fez muita história no eixo Apucarana – Londrina.

O apucaranense acredita ser uma das poucas testemunhas vivas do ato oficial da emancipação política de Apucarana.

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“Eu era apenas um menino e hoje já passei dos 90 anos, então eu acredito que seja difícil ter mais alguém vivo que ainda se recorde daquele dia. Apucarana cresceu muito e eu acompanhei todos esses momentos de história”, orgulha-se.

Em sua memória, ele também traz momentos dos primórdios da cidade “Eu aprendi a nadar na lagoa que ficava onde hoje é o campo do Lagoão”, conta.

Uma lembrança que ele também guarda é dos tempos em que a linha férrea e os trens eram a principal base logística da região.

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“Meu pai trabalhava fazendo entregas das mercadorias que vinham no trem e levando aos comerciantes e moradores. Me lembro também da primeira agência dos Correios de Apucarana: ficava onde hoje é o restaurante Changai”, detalha.

O seu Hélio não deixou de acompanhar a evolução dos tempos. Atualmente, ele anda com uma scooter elétrica pela cidade para fazer suas atividades.

“Eu ando com a minha moto elétrica e uso também para trabalhar, ir à lotérica, ao banco, não pode parar, não é?”, finaliza o pioneiro.

Veja o vídeo


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